São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2007

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Ministro considera a paralisação precipitada

Paulo Bernardo (Planejamento) disse que esperava que antes houvesse diálogo

Ministro demonstrou pressa para que a proposta de lei que pode proibir o direito a greve de alguns setores seja discutida no Congresso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) rotulou ontem de "precipitada" a paralisação de 24 horas desencadeada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenafep). Ele disse que esperava "diálogo" e "negociação" com os policiais federais e que a paralisação "supostamente seria um direito" da corporação federal.
"Eu acho, para falar bem a verdade, um pouco precipitado [o movimento dos policiais federais], porque normalmente o esperado numa situação como essa é que haja diálogo, haja negociação, mas eles estão exercendo o que supostamente seria um direito", disse Bernardo, após solenidade no Palácio do Planalto.
Para ele, é cedo para falar em percentuais de eventual reajuste à categoria. Bernardo afirmou que gostaria de ter um planejamento de longo prazo com os policiais federais e demonstrou pressa para que a proposta de legislação que pode proibir o direito a greve de alguns setores do funcionalismo seja discutida no Congresso.
"Acho que nós temos de avançar na discussão de como tornar lei o processo de negociação com os servidores públicos e ao mesmo tempo como tornar regulamentado o direito que existe na Constituição sobre greve. Eu acho que isso tem que ser regulamentado e a lei vai dizer o que deve ser feito", disse Bernardo.
A categoria reivindica um aumento salarial de 30%, conforme acordo fechado com o governo no ano passado, além da aprovação de uma lei orgânica para regulamentar as atividades e atribuições dos servidores do órgão.
Ontem, após participar da solenidade de comemoração dos 63 anos da PF, o diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda, afirmou que o movimento era "justo" e seguia a idéia de "lembrar o compromisso firmado".
Em reunião com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, ficou acertado que haverá uma nova reunião em 10 de abril. Caso não obtenham o reajuste, os policiais poderão fazer outra paralisação em 18 de abril.
(EDUARDO SCOLESE, ANDRÉA MICHAEL E PRISCILA ROSSITER)


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