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Ministro considera a paralisação precipitada
Paulo Bernardo (Planejamento) disse que esperava que antes houvesse diálogo
Ministro demonstrou pressa para que a proposta de lei que pode proibir o direito a greve de alguns setores seja discutida no Congresso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Paulo Bernardo
(Planejamento) rotulou ontem
de "precipitada" a paralisação
de 24 horas desencadeada pela
Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenafep). Ele
disse que esperava "diálogo" e
"negociação" com os policiais
federais e que a paralisação "supostamente seria um direito"
da corporação federal.
"Eu acho, para falar bem a
verdade, um pouco precipitado
[o movimento dos policiais federais], porque normalmente o
esperado numa situação como
essa é que haja diálogo, haja negociação, mas eles estão exercendo o que supostamente seria um direito", disse Bernardo,
após solenidade no Palácio do
Planalto.
Para ele, é cedo para falar em
percentuais de eventual reajuste à categoria. Bernardo afirmou que gostaria de ter um planejamento de longo prazo com
os policiais federais e demonstrou pressa para que a proposta
de legislação que pode proibir o
direito a greve de alguns setores do funcionalismo seja discutida no Congresso.
"Acho que nós temos de
avançar na discussão de como
tornar lei o processo de negociação com os servidores públicos e ao mesmo tempo como
tornar regulamentado o direito
que existe na Constituição sobre greve. Eu acho que isso tem
que ser regulamentado e a lei
vai dizer o que deve ser feito",
disse Bernardo.
A categoria reivindica um aumento salarial de 30%, conforme acordo fechado com o governo no ano passado, além da
aprovação de uma lei orgânica
para regulamentar as atividades e atribuições dos servidores
do órgão.
Ontem, após participar da
solenidade de comemoração
dos 63 anos da PF, o diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda,
afirmou que o movimento era
"justo" e seguia a idéia de "lembrar o compromisso firmado".
Em reunião com o secretário
de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, ficou acertado
que haverá uma nova reunião
em 10 de abril. Caso não obtenham o reajuste, os policiais
poderão fazer outra paralisação
em 18 de abril.
(EDUARDO SCOLESE, ANDRÉA MICHAEL E PRISCILA ROSSITER)
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