São Paulo, domingo, 29 de março de 2009

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ROMOLO MAGGI (1912-2009)

O combatente italiano se encantou pelo país

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos quatro anos em que ficou lutando na África, como tenente, o italiano Romolo Maggi feriu-se em conflito e, logo depois, sobreviveu a um bombardeio ao navio-hospital em que estava. De volta à Itália, fez amizade com um general estrangeiro, de quem ouviu histórias fabulosas sobre um tal país tropical.
Ficou encantado pelo Brasil e, com a mulher e as duas filhas, desceu no porto de Santos (SP), em 1951.
"Ele decidiu se mudar porque a situação pós-guerra na Itália era complicada", explica a filha Franca. Tanto na Europa como aqui, chegou a trabalhar com agricultura.
"Todos [da família] vieram da terra", conta. Por um tempo, estabeleceram-se em Jundiaí (SP), onde chegou a plantar até abacaxi -a filha não lembra, mas diz ter visto a plantação em fotos antigas.
Em seguida, entrou para o ramo do transporte de combustíveis, até o ano de 1985, quando vendeu a empresa e decidiu se aposentar.
Em 1974, recebera o título de cidadão paulistano. Um ano antes, ganhara o título de comendador da Ordem ao Mérito da Itália. Foi presidente do Circolo Italiano.
Sua dedicação, diz a filha, era a família. "A família são sete corpos e uma alma só", falava. Era muito regrado.
Morreu segunda, aos 96, devido a complicações em decorrência da idade avançada. Deixa duas filhas, três netas e um bisneto. A missa de sétimo dia será amanhã, às 12h30, na igreja Nossa Senhora do Brasil, em SP.
obituario@grupofolha.com.br


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