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ROMOLO MAGGI (1912-2009)
O combatente italiano se encantou pelo país
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos quatro anos em que ficou lutando na África, como
tenente, o italiano Romolo
Maggi feriu-se em conflito e,
logo depois, sobreviveu a um
bombardeio ao navio-hospital em que estava. De volta à
Itália, fez amizade com um
general estrangeiro, de quem
ouviu histórias fabulosas sobre um tal país tropical.
Ficou encantado pelo Brasil e, com a mulher e as duas
filhas, desceu no porto de
Santos (SP), em 1951.
"Ele decidiu se mudar porque a situação pós-guerra na
Itália era complicada", explica a filha Franca. Tanto na
Europa como aqui, chegou a
trabalhar com agricultura.
"Todos [da família] vieram
da terra", conta. Por um tempo, estabeleceram-se em
Jundiaí (SP), onde chegou a
plantar até abacaxi -a filha
não lembra, mas diz ter visto
a plantação em fotos antigas.
Em seguida, entrou para o
ramo do transporte de combustíveis, até o ano de 1985,
quando vendeu a empresa e
decidiu se aposentar.
Em 1974, recebera o título
de cidadão paulistano. Um
ano antes, ganhara o título de
comendador da Ordem ao
Mérito da Itália. Foi presidente do Circolo Italiano.
Sua dedicação, diz a filha,
era a família. "A família são
sete corpos e uma alma só",
falava. Era muito regrado.
Morreu segunda, aos 96,
devido a complicações em
decorrência da idade avançada. Deixa duas filhas, três netas e um bisneto. A missa de
sétimo dia será amanhã, às
12h30, na igreja Nossa Senhora do Brasil, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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