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Proximidade intensifica mordidas
DA REVISTA DA FOLHA
A julgar pelas pesquisas,
o Campo Belo é mesmo
um bairro canino superlativo, que traz outra curiosidade: levantamento do
CCZ (Centro de Controle
de Zoonoses), órgão ligado
à Secretaria da Saúde,
mostra que a região tem a
incidência mais chamativa
de mordedura entre os
bairros de classe média.
Nos dois últimos anos,
foram registrados 189 casos, dos mais leves aos
mais graves, a maioria absoluta envolvendo cães.
Isso representa que cerca
de um em cada 300 moradores foi mordido. O número é duas vezes maior
do que a média registrada
em Perdizes ou no Jardim
Paulista.
Para o veterinário Marco Antônio Vigilato, gerente do CCZ, o elevado
índice de mordeduras está
relacionado com a densidade canina. "A mordedura é hoje o principal problema de saúde pública
com cães, por causa da
quantidade de animais." E
a preocupação é com animais domiciliados e não
com os de rua, que representam, segundo o CCZ,
entre 2% e 5% do total. Ou
seja, quem está mordendo
é o cãozinho de casa.
"Geralmente, são as raças pequenas. Até pelo
contato mais íntimo com
os donos", diz Marco Antônio. Ele cita como exemplo o cão que dorme com o
dono e que, durante o sono, acaba sendo sufocado e
reage instantaneamente
com a mordida.
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