São Paulo, domingo, 29 de março de 2009

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Proximidade intensifica mordidas

DA REVISTA DA FOLHA

A julgar pelas pesquisas, o Campo Belo é mesmo um bairro canino superlativo, que traz outra curiosidade: levantamento do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), órgão ligado à Secretaria da Saúde, mostra que a região tem a incidência mais chamativa de mordedura entre os bairros de classe média.
Nos dois últimos anos, foram registrados 189 casos, dos mais leves aos mais graves, a maioria absoluta envolvendo cães. Isso representa que cerca de um em cada 300 moradores foi mordido. O número é duas vezes maior do que a média registrada em Perdizes ou no Jardim Paulista.
Para o veterinário Marco Antônio Vigilato, gerente do CCZ, o elevado índice de mordeduras está relacionado com a densidade canina. "A mordedura é hoje o principal problema de saúde pública com cães, por causa da quantidade de animais." E a preocupação é com animais domiciliados e não com os de rua, que representam, segundo o CCZ, entre 2% e 5% do total. Ou seja, quem está mordendo é o cãozinho de casa.
"Geralmente, são as raças pequenas. Até pelo contato mais íntimo com os donos", diz Marco Antônio. Ele cita como exemplo o cão que dorme com o dono e que, durante o sono, acaba sendo sufocado e reage instantaneamente com a mordida.


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