São Paulo, quinta-feira, 29 de abril de 2004

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Ex-ministros criticam medida do governo

DA SUCURSAL DO RIO

Os dois ministros que antecederam diretamente Tarso Genro, Paulo Renato Souza (1995 a 2002) e Cristovam Buarque (2003), criticaram ontem a possibilidade de o MEC diminuir ou paralisar a distribuição de livros.
Para o tucano Paulo Renato, o tema da leitura está sendo abandonado pelo governo: "Querem fazer coisas de efeito pirotécnico, como avaliar todos os alunos em todas as disciplinas, mas deixam de lado instrumentos importantes para a qualidade da educação, como o estímulo à leitura".
O petista Cristovam Buarque critica a idéia de que a distribuição de livros diretamente para professores e alunos tem pouca eficácia: "Dizer que o livro só deve ser distribuído se tiver um professor por perto é o mesmo que dizer que só se pode dar uma bola para uma criança se o técnico de futebol estiver ao lado".
Paulo Renato cita estudos feitos a partir do Sistema de Avaliação da Educação Básica para argumentar que a leitura melhora o desempenho na escola.
"Quando fizemos esses programas, não pensamos apenas em distribuir livros. A iniciativa estava respaldada cientificamente pelas avaliações do Saeb e era trabalhada em conjunto com o programa Parâmetros em Ação, que ensinava os professores a trabalhar os novos parâmetros curriculares", disse.


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