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Ex-ministros criticam medida do governo
DA SUCURSAL DO RIO
Os dois ministros que antecederam diretamente Tarso Genro,
Paulo Renato Souza (1995 a 2002)
e Cristovam Buarque (2003), criticaram ontem a possibilidade de o
MEC diminuir ou paralisar a distribuição de livros.
Para o tucano Paulo Renato, o
tema da leitura está sendo abandonado pelo governo: "Querem
fazer coisas de efeito pirotécnico,
como avaliar todos os alunos em
todas as disciplinas, mas deixam
de lado instrumentos importantes para a qualidade da educação,
como o estímulo à leitura".
O petista Cristovam Buarque
critica a idéia de que a distribuição de livros diretamente para
professores e alunos tem pouca
eficácia: "Dizer que o livro só deve
ser distribuído se tiver um professor por perto é o mesmo que dizer
que só se pode dar uma bola para
uma criança se o técnico de futebol estiver ao lado".
Paulo Renato cita estudos feitos
a partir do Sistema de Avaliação
da Educação Básica para argumentar que a leitura melhora o
desempenho na escola.
"Quando fizemos esses programas, não pensamos apenas em
distribuir livros. A iniciativa estava respaldada cientificamente pelas avaliações do Saeb e era trabalhada em conjunto com o programa Parâmetros em Ação, que ensinava os professores a trabalhar
os novos parâmetros curriculares", disse.
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