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SEGURANÇA
Concurso amplia em 30% o efetivo da Guarda Civil Metropolitana, que será treinada para aplicar multas de trânsito
Prefeitura vai contratar 1.700 guardas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo lançará nas próximas semanas um
concurso para a contratação de
1.700 novos guardas civis metropolitanos, que deverão aumentar
em 30% a quantidade de integrantes da corporação, cujo efetivo hoje é de 5.800 homens.
A informação é do secretário
municipal de Segurança Urbana,
Benedito Domingos Mariano,
que diz já ter recebido autorização
da prefeita Marta Suplicy (PT).
A idéia no governo é fazer a seleção nos próximos meses, mas realizar a contratação somente depois das eleições municipais -já
que há impedimento para contratação de funcionários previsto na
lei eleitoral.
O reforço de novos agentes faz
parte da nova estrutura que a
GCM (Guarda Civil Metropolitana) pretende ter em 2005, dividida em superintendências, como a
do policiamento de trânsito, a do
verde e ambiente e a de mediação
de conflitos -especializada em
negociar com ambulantes, manifestantes e sem-teto, por exemplo.
Mariano afirmou à Folha na semana passada que os guardas do
futuro departamento de trânsito
-17% do contingente- serão
credenciados para aplicar multas.
Esses GCMs já começaram, há
mais de um mês, a passar por treinamento preparado por técnicos
da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), com aulas específicas sobre os procedimentos para
fazer os autos de infração.
Resistência
A medida enfrenta a resistência
de funcionários da CET, que temem um enfraquecimento das
atividades da empresa e da função
dos marronzinhos. A Secretaria
Municipal dos Transportes nega,
porém, que os GCMs serão liberados para multar no trânsito
-embora estejam sendo capacitados para essa função.
Mariano chegou a dizer que
pretende até mesmo que a administração estadual dê autorização
para a GCM fazer a fiscalização de
trânsito que hoje só pode ser feita
pela Polícia Militar -como a
abordagem de motoristas embriagados e veículos e condutores
em situação irregular.
Essa medida, porém, é considerada ilegal por uma série de juristas. O conselheiro do Cetran
(Conselho Estadual de Trânsito)
Geraldo Lemos Pinheiros diz haver, inclusive, um parecer do Denatran (Departamento Nacional
de Trânsito) dado neste ano confirmando não ser possível essa
transferência de atribuições.
(ALENCAR IZIDORO)
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