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CRIME NA REDE
Para polícia de cidade do interior de SP, aposta pode ter sido motivo para a divulgação de imagens na internet
Fotos expõem miss de 17 anos fazendo sexo
DO "AGORA"
Uma aposta entre amigos é a
principal hipótese para o maior
escândalo da história de um município no interior de São Paulo.
As fotos de uma relação sexual
entre uma garota de 17 anos, eleita
miss da cidade (o nome do município não é publicado para proteger a identidade da garota), e um
parceiro não identificado foram
parar na internet.
A garota havia sido escolhida
miss de sua cidade em março.
Nos dias seguintes, um morador teria apostado com um amigo
que transaria com ela. Quando
conseguiu, fotografou as cenas,
usando a câmera de seu telefone
celular, sem que ela soubesse.
As fotos foram parar na internet
-como já havia ocorrido, semanas atrás, com uma universitária
de Pompéia (474 km de SP), que
foi alvo de uma manifestação de
estudantes e chegou a sair da faculdade escoltada pela PM.
Segundo o delegado da cidade,
o motivo para a realização das fotos ainda é incerto -a aposta entre amigos é uma das versões. À
polícia, o que importa é descobrir
quem as lançou na rede (pelo menos quatro fotografias, em que a
jovem aparece fazendo sexo oral e
o rosto do parceiro não é exibido).
Segundo a polícia, a menina disse que as fotos são verdadeiras,
mas que não sabia que elas haviam sido tiradas.
O autor das imagens ainda não
foi interrogado. Segundo o delegado, foi apreendido o computador de um amigo do autor delas.
Na lixeira virtual, foram encontradas as imagens.
Investigação
O delegado também solicitou
que a Justiça autorize a quebra do
sigilo do e-mail usado pelo autor
das fotos, para saber se, pelo próprio celular, ele enviou as fotos
para algum outro e-mail.
A investigação começou depois
que a polícia recebeu um CD com
as fotos. Elas foram gravadas por
um funcionário de uma lan house, a partir do e-mail de um menino de 13 anos, a pedido do garoto.
A lan house está sob investigação, e todos os 19 computadores
foram recolhidos para perícia.
"Poderíamos ser punidos porque
o funcionário fez a cópia, mas ele
nem sabia o conteúdo do arquivo", diz o pai do dono da empresa. A reportagem não conseguiu
falar com o advogado indicado
como representante da família da
garota.
(FÁBIO GRELLET)
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