São Paulo, sábado, 29 de abril de 2006

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CRIME NA REDE

Para polícia de cidade do interior de SP, aposta pode ter sido motivo para a divulgação de imagens na internet

Fotos expõem miss de 17 anos fazendo sexo

DO "AGORA"

Uma aposta entre amigos é a principal hipótese para o maior escândalo da história de um município no interior de São Paulo.
As fotos de uma relação sexual entre uma garota de 17 anos, eleita miss da cidade (o nome do município não é publicado para proteger a identidade da garota), e um parceiro não identificado foram parar na internet.
A garota havia sido escolhida miss de sua cidade em março.
Nos dias seguintes, um morador teria apostado com um amigo que transaria com ela. Quando conseguiu, fotografou as cenas, usando a câmera de seu telefone celular, sem que ela soubesse.
As fotos foram parar na internet -como já havia ocorrido, semanas atrás, com uma universitária de Pompéia (474 km de SP), que foi alvo de uma manifestação de estudantes e chegou a sair da faculdade escoltada pela PM.
Segundo o delegado da cidade, o motivo para a realização das fotos ainda é incerto -a aposta entre amigos é uma das versões. À polícia, o que importa é descobrir quem as lançou na rede (pelo menos quatro fotografias, em que a jovem aparece fazendo sexo oral e o rosto do parceiro não é exibido).
Segundo a polícia, a menina disse que as fotos são verdadeiras, mas que não sabia que elas haviam sido tiradas.
O autor das imagens ainda não foi interrogado. Segundo o delegado, foi apreendido o computador de um amigo do autor delas. Na lixeira virtual, foram encontradas as imagens.

Investigação
O delegado também solicitou que a Justiça autorize a quebra do sigilo do e-mail usado pelo autor das fotos, para saber se, pelo próprio celular, ele enviou as fotos para algum outro e-mail.
A investigação começou depois que a polícia recebeu um CD com as fotos. Elas foram gravadas por um funcionário de uma lan house, a partir do e-mail de um menino de 13 anos, a pedido do garoto.
A lan house está sob investigação, e todos os 19 computadores foram recolhidos para perícia. "Poderíamos ser punidos porque o funcionário fez a cópia, mas ele nem sabia o conteúdo do arquivo", diz o pai do dono da empresa. A reportagem não conseguiu falar com o advogado indicado como representante da família da garota. (FÁBIO GRELLET)


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