São Paulo, terça, 29 de abril de 1997.

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Teste de HIV é o primeiro passo

da Sucursal do Rio

Ontem foi um dia especial para o cabeleireiro J.B., 33, que soube, ao chegar à sede do projeto Praça Onze, no centro do Rio, que não está contaminado pelo HIV. ``Estou feliz. Eu queria fazer o exame, obter informações sobre sexo seguro e participar dessa pesquisa científica. Isso aqui é muito legal.''
``Um dos meios de se prevenir é a informação'', diz o militar L.A.S., 23, há um ano voluntário do Praça Onze. ``Aqui é tudo discreto, somos conhecidos por números.''
O travesti Pâmela foi ontem ao Praça Onze pela primeira vez, submetendo-se ao exame de sangue. Ele diz que gostou do ambiente.
A partir de reuniões, workshops, exibições de vídeo e outras atividades, os voluntários discutem com especialistas meios mais seguros para evitar a contaminação.
A coordenadora do projeto, psicóloga Regina Ferro, 33, afirma que o linguajar adotado é o mais direto possível, com o auxílio de desenhos, gestos ou mesmo um pênis de madeira.
Mensalmente, são distribuídas cerca de 500 camisinhas.
Os homossexuais e bissexuais interessados em participar do projeto precisam fazer um exame de sangue, para saber se têm o HIV, e preencher um questionário sobre seu comportamento sexual.
São escolhidos como voluntários aqueles que não estão contaminados. Um dos objetivos do projeto é conscientizar os voluntários para práticas de sexo seguro.


Projeto Praça Onze: (021) 273-9073.

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