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SAÚDE
Foi o 2º caso fatal no Estado este ano
Confirmada morte por hantavírus em SP
ANDRÉ MUGGIATI
da Reportagem Local
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
Presidente Prudente
O Instituto Adolfo Lutz confirmou ontem o segundo caso de
morte por infecção por hantavírus
no Estado de São Paulo, desde 13
de março.
O agricultor Luiz Correia Moreira, 28, morreu no último dia 20,
dois dias após apresentar os primeiros sintomas da doença. Moreira vivia em Nova Guatuporanga
(675 km a noroeste de SP).
O hantavírus é transmitido por
secreções de ratos. A maioria provém de animais silvestres.
Os primeiros sintomas são dores
no corpo, febre alta, náuseas e tonturas. Depois, a doença evolui para
um quadro agudo de edema pulmonar (os pulmões se enchem de
água), com a ocorrência de hemorragias em todo o corpo. Em
pelo menos 50% dos casos, o
doente morre. Moreira foi a nona
vítima confirmada da infecção no
país (a oitava fatal), desde 93.
Na próxima semana, técnicos do
Adolfo Lutz deverão voltar à região de Nova Guatuporanga para
coletar roedores e pesquisar a presença do vírus.
A professora Neusa Passoni Molina foi a primeira pessoa a morrer
devido à doença este ano no Estado, em março, em Tupi Paulista.
Na ocasião, técnicos do instituto
foram à região para fazer a coleta
de ratos.
Os exames dos roedores capturados não revelaram, até agora, a
presença do vírus.
A distância entre as duas cidades
onde houve casos é de apenas 10
km. As duas vítimas viviam na zona rural.
O CVE (Centro de Vigilância
Epidemiológica) descarta a possibilidade de ocorrer uma epidemia.
O Adolfo Lutz também detectou
anticorpos do hantavírus no sangue de um outro morador de Tupi
Paulista, que não ficou doente.
Segundo a diretora do Serviço de
Virologia do Adolfo Lutz, Luiza
Terezinha Madia de Souza, os dois
casos em uma mesma região podem estar relacionados ao aumento da população de roedores, provocada por distúrbios climáticos
ou pela grande disponibilidade de
alimento.
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