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Para diretor da SPTrans, Athiê "avalizou" nome
DA REPORTAGEM LOCAL
Em depoimento ao Ministério
Público ontem, o ex-presidente e
atual diretor de operações da
SPTrans, Maurício Thesin, afirmou que a presença da vereadora
Myryam Athiê (PPS) em reunião
na empresa serviu para "avalizar"
o nome do novo dono da viação
Cidade Tiradentes, Samy Jaroviski, preso por estelionato.
A vereadora nega ter interferido
a favor do empresário.
Segundo Thesin, Athiê chegou à
reunião, realizada em janeiro,
com Jaroviski e seus advogados e
estava "atuando ao lado da empresa Cidade Tiradentes". Ele
contou que a presença da vereadora foi importante, pois ela disse
que Jaroviski "era um empresário
conhecido de pessoas de seu relacionamento". "Ele deixou claro
que a presença da vereadora serviu para atestar a idoneidade do
empresário", afirmou o promotor
Sérgio Turra Sobrane.
Para ele, o depoimento reforça
os indícios do elo de Athiê com os
donos da viação. O nome dela havia sido citado por Marcos José
Cândido da Silva, um dos diretores da empresa, preso por estelionato. Ele disse que Athiê receberia
R$ 250 mil para ajudar a viação a
sair da intervenção.
Anteontem, foi divulgado pela
Promotoria de Justiça e Cidadania bilhete no qual Jaroviski pede
a Silva para entrar em contato
com "Milton" -supostamente
Milton Sérgio, ex-chefe de gabinete de Athiê- para avisar que o
"interventor não permitiu a retirada de dinheiro".
Para a Promotoria, o dinheiro
seria o sinal do pagamento que,
segundo Silva, Athiê receberia.
Valdemar Gomes Melo, segundo
interventor da viação, disse que
recebeu pedido de Jaroviski para
retirar R$ 10 mil e que não autorizou a liberação da verba.
Outro lado
Athiê disse que está à disposição
para dar esclarecimentos. Ela afirma que estava na reunião a pedido de uma amiga, a filha de Constantino Cury, e que não interferiu.
O grupo Constantino divulgou
nota dizendo que deixou de atuar
na área em 2000 e "lamenta o envolvimento de seu nome nas suspeitas de irregularidades".
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