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Em depoimento, Beira-Mar nega ser traficante e se diz empresário
DA SUCURSAL DO RIO
Um helicóptero, atiradores de
elite, 30 carros e cem policiais armados com fuzis foram mobilizados ontem para conduzir o traficante Luiz Fernando da Costa, o
Fernandinho Beira-Mar, do presídio Bangu 1 (zona oeste) ao TJ
(Tribunal de Justiça) do Rio.
A operação, que contou com
policiais do Bope (Batalhão de
Operações Especiais) e do Esquadrão Antibombas, tinha como
objetivo evitar uma tentativa de
resgate de Beira-Mar durante o
percurso, de cerca de 40 km.
Beira-Mar chegou ao fórum às
13h. Ele ouviu os depoimentos de
dez testemunhas, sendo duas de
defesa, no processo que apura o
seu envolvimento no comando
do tráfico de drogas em Parada
Angélica (Duque de Caxias, município na Baixada Fluminense).
No início da sessão, o traficante
se identificou como empresário.
Antes do depoimento das testemunhas, Beira-Mar foi interrogado por outros dois juízes em dois
processos a que responde. No primeiro deles, foi ouvido no processo que apura sua relação com o
tráfico em Duque de Caxias.
Beira-Mar negou ser traficante e
disse que o inquérito foi montado
para incriminá-lo. "Esse é um
processo político, criado para me
destruir e destruir minha família", afirmou.
Beira-Mar disse que a polícia
instaurou o inquérito depois que
ele se recusou a pagar R$ 150 mil a
dois policiais, que teriam cobrado
para não prendê-lo.
O traficante também foi interrogado no processo por fuga e corrupção em Minas Gerais. Ele é
acusado de ter pago R$ 30 mil a
um carcereiro de Belo Horizonte,
de onde fugiu em 1997. Beira-Mar
negou o suborno.
Em um inquérito da Polícia Federal, Beira-Mar é acusado de associação para o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando de armas.
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