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São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

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Quantidade pode "bagunçar" horários

DA REPORTAGEM LOCAL

Deixar de tomar o remédio, confundir doses ou simplesmente ignorar a prescrição são possíveis "reações adversas" do excesso de medicamentos.
A dona-de-casa Maria da Silva Bertolini, 54, teve de assumir a responsabilidade pelos remédios da mãe, Maria de Jesus Pavarini, 76, que é diabética e sofre do coração. São cinco comprimidos por dia. Se a filha sai, deixa tudo por escrito. Nos passeios com a mãe, Bertolini leva a cesta de remédios.
"Eu perguntava: "tomou mãe? E ela: tomei." Mas aí a pressão vivia descontrolada e eu concluí que não era verdade", conta a filha.
Pavarini tem frequentes problemas no estômago, dores nas pernas, olhos embaçados, talvez efeitos adversos das drogas. "Ela não aceita bem. Às vezes diz que não quer mais, que não está valendo."
"Gostaria de não tomar nenhum, mas é preciso, né?", afirma Mercedes Jorge de Lara, 78, sobre os oito medicamentos que utiliza diariamente, distribuídos em vários momentos do dia.
Apesar da rotina complexa, ela diz que não se esquece nem se confunde. "Minha memória é muito boa para isso."


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