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São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

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PLANTÃO

Doenças negligenciadas terão pesquisa

JULIO ABRAMCZYK

Não se gastam mais do que 10% do total aplicado em pesquisas, em todo o mundo, para doenças que totalizam 90% de incidência na população mundial. Essas doenças, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estão nos países em desenvolvimento.
Os peritos da OMS observam que doenças que ocorrem quase que exclusivamente em países pobres não constituem um mercado que ofereça retorno para o investimento aplicado no desenvolvimento de remédios.
Dessa forma, embora sejam bem conhecidos, males tropicais como malária e doença de Chagas foram negligenciados pela indústria de medicamentos. Não é o que acontece no outro lado do mundo, em um mercado ávido por novidades para problemas relacionados à vaidade ou à qualidade de vida, como impotência, obesidade e calvície.
O problema das doenças negligenciadas é a razão principal de uma reunião que acontece no dia 3 de julho, em Genebra, Suíça.
Com o apoio da OMS, seis instituições do setor público de saúde (Fundação Oswaldo Cruz, do Rio, Médicos Sem Fronteiras, Instituto Pasteur, Instituto de Pesquisas Médicas do Kenya, Conselho Indiano de Pesquisas Médicas e o Ministério da Saúde da Malásia), por meio da iniciativa "Medicamentos para Doenças Negligenciadas", irão desenvolver remédios para oferecer à população a preço de custo.

E-mail - julio@uol.com.br


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