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TRANSPORTE
Projeto ainda precisa passar por mais uma votação para virar lei; tarifa valerá para vias expressas
Câmara aprova pedágio nas marginais
da Reportagem Local
do "Agora São Paulo"
Vereadores que dão sustentação ao prefeito Celso Pitta (PTN)
na Câmara utilizaram ontem o
"rolo compressor" e aprovaram,
de uma só vez e em primeira discussão, oito projetos de interesse
do Executivo. O mais polêmico é
o que cria postos de pedágio nas
marginais -que para virar lei
ainda precisa passar por nova votação e pela sanção do prefeito.
O projeto prevê a concessão do
direito à exploração dos pedágios
por 30 anos, por meio de licitação. Por enquanto, só há proposta concreta para cobrança nas
vias expressas da marginal Tietê.
Estudos da Secretaria Municipal dos Transportes prevêem a
construção de mais quatro faixas
(duas em cada sentido) em 22
quilômetros dessa marginal. O
pedágio só será cobrado após a
conclusão das obras, esperada
para o final de 2000.
A tarifa deve ser próxima de R$
2, mas o custo definitivo só deverá ser conhecido após a licitação.
A proposta em estudo exigiria
total reordenamento da circulação na marginal Tietê. A intenção
inicial é construir uma terceira
pista -hoje existem uma pista
local e outra expressa. Essa nova
pista será construída à direita, o
que exigirá alterações nas pontes
e desapropriação de terrenos às
margens da atual pista local.
A pista nova substituirá a atual
pista local, transformada em expressa gratuita. E a atual pista expressa passará a ser a alternativa
onde será cobrado o pedágio.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal
dos Transportes, a obra deve custar cerca de R$ 250 milhões.
O projeto, apesar de polêmico,
não foi discutido em audiência
pública, como prevê a Lei Orgânica do Município. A justificativa é
que o prefeito pediu regime de
urgência na tramitação, o que, na
prática, dispensa discussão e pareceres das comissões da Casa.
A oposição reclamou da votação, argumentando que não foi
possível debater o tema em plenário por causa das alterações recentes no regimento interno. Essas mudanças permitem que
qualquer matéria seja votada sem
discussão em plenário.
Perueiros
A Câmara deve votar hoje, em
segunda discussão, projeto do
Executivo que regulariza e aumenta o número de perueiros na
cidade. Atualmente, 2.700 peruas
estão legalizadas. Pelo projeto, há
a possibilidade de chegar a 4.300.
A maior polêmica está no artigo
28 do projeto, que determina que
a prefeitura poderá romper os
contratos com as empresas permissionárias de ônibus quando
lhe convier. Alguns vereadores
são contrários a essa medida, argumentando que isso poderá prejudicar o transporte público.
Ontem, eles se reuniram com o
secretário do Governo, Carlos
Augusto Meinberg. O Executivo
queria apresentar um substitutivo, mas ficou acertado que os vereadores deverão apresentar
emendas.
A criação de uma CPI para apurar a ação da máfia da propina foi
votada mais uma vez ontem. Mas
nem situação nem oposição conseguiram os 28 votos necessários
para decidir a questão -foram 23
votos contra e 22 a favor.
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