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OUTRO LADO
Delegado nega morte a sangue-frio e afirma que verdade virá à tona
DA SUCURSAL DO RIO
O delegado Gláucio Santos negou que seus policiais tenham
matado os dois rapazes a sangue-frio e disse que a verdade "virá a
tona". Em entrevista à Folha, ele
afirmou que, quando os policiais
renderam os suspeitos, traficantes
do morro da Providência fizeram
diversos disparos.
Os tiros, segundo Santos, dispersaram os policiais e permitiram que os dois rendidos fugissem. Em seguida, de acordo com
a versão do delegado, os dois rapazes entraram em uma casa no
morro, pegaram dois fuzis e começaram a atirar nos policiais.
Houve revide. No tiroteio, os dois
jovens acabaram mortos.
No momento do fato, o então titular da Core estava no helicóptero que sobrevoava o morro. Sua
versão se baseia no que ouviu de
seus comandados.
O delegado afirmou que a investigação chegará à conclusão de
que os policiais não cometeram
irregularidades. "Estamos sofrendo conseqüências de um julgamento prévio", afirmou.
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