São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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Após 112 dias, professores encerram greve em MG

Reajuste salarial, porém, não foi definido

PAULO PEIXOTO

DE BELO HORIZONTE

Após 112 dias, terminou ontem a greve dos professores estaduais de Minas Gerais.
Os docentes decidiram retornar ao trabalho depois de assinarem um termo de compromisso com o governo mineiro, que concordou em discutir a diferenciação de salário por nível de escolaridade do professor -conforme reivindicação dos grevistas- e buscar soluções para a remuneração da categoria até 2015.
O governador Antonio Anastasia (PSDB) disse que não foi definido o valor do reajuste e que a comissão -da qual o Legislativo fará parte- vai "discutir melhorias nos sistemas de remuneração" oferecidos pelo Estado.
O governo de Minas vai pagar R$ 712 para 24 horas semanais (valor proporcional ao piso nacional de R$ 1.187 para 40 horas), conforme havia sido definido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em abril. O piso anterior era de R$ 369.
A coordenadora do Sind-UTE (o sindicato dos professores), Beatriz Cerqueira, declarou, contudo, que ficou acertada a aplicação de 22% de reajuste para cada faixa salarial, de forma a diferenciar o professor com nível de escolaridade média daquele com licenciatura, por exemplo.
O governo só deve iniciar o pagamento do novo piso em 2012, mas o fato de ter aberto discussão sobre a remuneração da categoria até 2015 facilitou o acordo. A Justiça havia considerado a greve "abusiva".
O sistema de remuneração sobre outro método de pagamento, o "subsídio", também será discutido. Ele reúne em um só valor vencimento básico e gratificações, e varia de R$ 1.122 a R$ 1.932 por 24 horas semanais, dependendo da escolaridade do docente.


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