São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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Center Norte e Promotoria fazem acordo

Possibilidade de shopping ser interditado amanhã pela Prefeitura de São Paulo, no entanto, ainda permanece

Técnicos da Cetesb dizem que, se gestão Kassab levar à risca o que prometeu, local terá de ser fechado

EDUARDO GERAQUE

DE SÃO PAULO

Representantes do Center Norte e do Ministério Público assinaram ontem acordo no qual o shopping se compromete a instalar oito novos drenos de gás em suas dependências num prazo de 20 dias.
O termo de ajuste de conduta, como é chamado esse acordo, não afasta a possibilidade de a Prefeitura de São Paulo fechar o centro de compras da zona norte amanhã.
Isso porque a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou anteontem que, se o problema da concentração de metano no subsolo do shopping não fosse resolvido até a manhã sexta-feira, iria interditar o local.
Ontem, técnicos da Cetesb responsáveis pelos laudos que balizaram o ultimato da prefeitura disseram que não há tempo hábil para controlar totalmente o risco de explosões no local até amanhã.
A prefeitura disse não ter sido informada oficialmente sobre o acordo do Center Norte com o Ministério Público. A gestão Kassab também não se pronunciou sobre a possibilidade de voltar atrás no ultimado dado ao shopping.
O plano de remediação do Center Norte já havia sido apresentado anteriormente à Cetesb, que o rejeitara por não considerá-lo suficiente.
"Se a prefeitura espera por um laudo da Cetesb dizendo que o risco está controlado, isso não vai ocorrer", afirmou Rodrigo Cunha, gerente de áreas contaminadas da companhia ambiental do Estado.
O estabelecimento foi construído sobre um antigo lixão. A decomposição gera gás metano que pode se acumular em pequenas salas do centro comercial. Qualquer faísca, como a provocada, por exemplo, por um interruptor, pode causar um acidente.
O Center Norte diz que não há possibilidade de explosão.
Além do shopping, estabelecimentos comerciais vizinhos, como o Lar Center e o Carrefour, estão sob risco.
Outro vizinho, o conjunto habitacional Cingapura, também está contaminado, segundo a Cetesb. Técnicos ainda estão avaliando se há risco de explosão no local.
Segundo uma comissão criada por vereadores para analisar o tema, há ainda suspeita de contaminação em outras áreas no entorno.
Isso porque na região havia dezenas de lagoas usadas para mineração nos anos 1950. Como todos esses locais foram aterrados, existe risco de os terrenos acumularem gás metano.


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