São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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Duas brasileiras são assassinadas nos EUA

Em um dos casos, o acusado é um ex-namorado, também brasileiro; polícia suspeita que eles estivessem ilegais

Crimes são usados para alimentar campanha anti-imigrantes em Massachusetts e geram comentários racistas

DE WASHINGTON
DE BELO HORIZONTE


Duas imigrantes brasileiras, suspeitas de estarem nos EUA sem visto, foram mortas em seis dias em Massachusetts. Em um dos casos, o acusado é o ex-namorado da vítima, também brasileiro e supostamente irregular, o que alimentou a campanha anti-imigrantes no Estado.
A mineira Patricia Frois, 24, foi morta na segunda quando saía do prédio onde vivia, em Marshfield, a 50 km ao sul de Boston. Seu ex-namorado, o também mineiro Marcelo Almeida, 41, foi preso algumas horas depois com a faca usada no crime.
Seis dias antes, a polícia achara o corpo de Edinalva Vieira, 30, em seu apartamento na Grande Boston. O marido dela, também brasileiro, desapareceu.
Os crimes, somados a um terceiro cometido por um equatoriano, inflamaram os comentários racistas em sites e jornais na internet.
A polícia afirmou suspeitar que o visto de Almeida seja falso, mas não se manifestou sobre Patricia e Edinalva.
A maioria das dezenas de pessoas que reclamam dos imigrantes acusam o governador de Massachusetts, Deval Patrick, de ser "leniente demais" com o irregulares.
Ontem, o senador Scott Brown citou os casos para pedir a adesão de Massachussetts a um plano federal para deportar imigrantes com histórico criminal, desafiando o governador.

CIÚMES
As duas mulheres, de acordo com relatos de amigos à imprensa local, se queixaram de violência doméstica.
A família de Patrícia, que vive em Frei Inocêncio, em Minas Gerais, afirma que o ex-namorado dela era muito ciumento e que depois da separação ameaçou, mais de uma vez, a jovem e seus parentes de morte.
Marcelo e Patrícia começaram a namorar há quase seis anos, quando ela engravidou. Ele decidiu ir para os Estados Unidos, e Patrícia ficou na cidade mineira até o filho nascer e completar um ano. A criança continua no Brasil. (LUCIANA COELHO E PAULO PEIXOTO)


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