São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2005

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MORTE NO MAR

Dado é da embaixada

Velejador sueco morto no AP não sabia nadar

THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Civil do Amapá confirmou ontem que o corpo achado no arquipélago de Bailique há um mês e meio é do velejador sueco Nils Bo Bergman, de 63 anos.
O conselheiro da Embaixada da Suécia no Brasil, Jan Thorbjörnson, reconheceu o corpo, em viagem ao Estado nesta semana, e revelou um detalhe que pode ajudar na investigação: o velejador "cruzou o Atlântico sem saber nadar".
Bergman viajava fazendo fotos. Era casado e tinha três filhos. Segundo Thorbjörnson, a família não deve vir ao Brasil para a cremação, provavelmente em Belém.
O laudo inicial não definiu a causa da morte. O corpo não tinha sinal de violência. Para o diretor da Delegacia de Homicídios, Ernane Ferreira, o mais provável é que tenha sido um acidente.
No local onde navegava, há um fenômeno conhecido como pororoca, em que fortes ondas são formadas com o encontro das águas do mar com as do rio Araguari.
A polícia descartou a hipótese de que o veleiro tenha sido interceptado e o tripulante, assaltado. Outro laudo sairá em 40 dias.
Bergman saiu com o veleiro de Fazendinha (15 km de Macapá) entre 13 e 20 de agosto. Seus documentos foram encontrados em 10 de setembro. Quatro dias depois, pescadores encontraram o corpo e o enterraram como indigente.
Bergman seguia para Caiena, na Guiana Francesa. Segundo os pescadores que o enterraram, havia marcas de mordidas em um dos braços -dias antes, Bergman havia sido atacado por um cão.


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