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MORTE NO MAR
Dado é da embaixada
Velejador sueco morto no AP não sabia nadar
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil do Amapá confirmou ontem que o corpo achado
no arquipélago de Bailique há um
mês e meio é do velejador sueco
Nils Bo Bergman, de 63 anos.
O conselheiro da Embaixada da
Suécia no Brasil, Jan Thorbjörnson, reconheceu o corpo, em viagem ao Estado nesta semana, e revelou um detalhe que pode ajudar
na investigação: o velejador "cruzou o Atlântico sem saber nadar".
Bergman viajava fazendo fotos.
Era casado e tinha três filhos. Segundo Thorbjörnson, a família
não deve vir ao Brasil para a cremação, provavelmente em Belém.
O laudo inicial não definiu a
causa da morte. O corpo não tinha sinal de violência. Para o diretor da Delegacia de Homicídios,
Ernane Ferreira, o mais provável
é que tenha sido um acidente.
No local onde navegava, há um
fenômeno conhecido como pororoca, em que fortes ondas são formadas com o encontro das águas
do mar com as do rio Araguari.
A polícia descartou a hipótese
de que o veleiro tenha sido interceptado e o tripulante, assaltado.
Outro laudo sairá em 40 dias.
Bergman saiu com o veleiro de
Fazendinha (15 km de Macapá)
entre 13 e 20 de agosto. Seus documentos foram encontrados em 10
de setembro. Quatro dias depois,
pescadores encontraram o corpo
e o enterraram como indigente.
Bergman seguia para Caiena, na
Guiana Francesa. Segundo os pescadores que o enterraram, havia
marcas de mordidas em um dos
braços -dias antes, Bergman havia sido atacado por um cão.
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