ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos times de vôlei treinados pelo professor José Fonseca Frascino, não havia brecha para relaxamento. Bastante exigente, ele fazia o jogador repetir um lance quantas vezes fosse necessário. Sob seu comando, ou o atleta se esforçava para jogar bem ou ia para o banco.
E não era porque seus filhos estavam na equipe que ele abriria mão do rigor. Quando dava aulas de educação física no colégio Dante Alighieri, em SP, havia no grupo que ele treinava um filho seu, Flávio. A cobrança com o rapaz era até maior.
Formado em educação física pela USP em 1957, Frascino foi técnico dos clubes Pinheiros, Tietê, Paulistano, Corinthians e São Caetano do Sul. Como professor, também deu aulas na USP e na PUC de Campinas (SP).
Sua carreira não se limitou às quadras. Trabalhou como jornalista da "Gazeta Esportiva" e como correspondente de revistas estrangeiras especializadas em vôlei.
Acompanhou cinco Olimpíadas, publicou livros -como "Voleibol Básico", pela editora Sesc-, e chegou a cobrir também outros esportes: pelo jornal, viajou inclusive com o Santos de Pelé.
Aposentado há cerca de dez anos, morreu na quarta, aos 77, após uma parada cardíaca.
Havia sido internado depois de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). Teve três filhos (dois deles jogaram vôlei) e cinco netos.
A missa de sétimo dia será hoje, às 12h30, na igreja Nossa Senhora do Brasil, em SP.

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