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Equipamento permite exames à distância e em ambulâncias
da Reportagem Local
O técnico em informática Walter R., 39, sofreu um desmaio na
tarde de ontem e foi socorrido por
uma ambulância. Enquanto era
removido para o Hospital do Coração (região central de São Paulo), um eletrocardiógrafo foi ajustado em seu peito e acoplado a
um telefone celular.
Antes que ele desse entrada no
hospital, os médicos já tinham em
mãos seu eletrocardiograma. O
diagnóstico foi queda de pressão.
Para o paciente, apenas um susto. Para os médicos, foi a inauguração de um sistema inédito de
diagnóstico à distância que está
sendo implantado no Hospital do
Coração. O ministro José Serra,
da Saúde, deixou Brasília só para
participar do evento.
A instituição é uma instituição
privada. Mas tanto Serra quanto
Adib Jatene -diretor do hospital- disseram que as tecnologias
de ponta podem ampliar o acesso
das pessoas à saúde. "Há muitas
localidades onde não há cardiologista", disse o ministro.
O sistema permite que um técnico ajuste o eletrocardiógrafo
que, por meio de um modem, envia os dados ao hospital onde está
o computador central. Ali, um
médico fará a leitura e dirá o que
deve ser feito com o paciente.
O computador principal, que
armazena 1,5 milhão de exames,
custa US$ 70 mil. Um eletrocardiógrafo, US$ 5.000. O mesmo
equipamento acoplado a um desfibrilador (que permite recuperar
o ritmo cardíaco) sai por R$ 10
mil instalado em ambulância.
A instalação do equipamento
nos carros Regaste do Corpo de
Bombeiros não acontecerá nos
próximos dois anos, estima o tenente Walmir Corrêa Leite. A
prioridade ainda são simples desfibriladores. Atualmente, o aparelho existe em apenas 1 das 39 ambulâncias de "suporte básico" que
circulam por São Paulo.
(AURELIANO BIANCARELLI)
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