São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 2000


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Equipamento permite exames à distância e em ambulâncias

da Reportagem Local

O técnico em informática Walter R., 39, sofreu um desmaio na tarde de ontem e foi socorrido por uma ambulância. Enquanto era removido para o Hospital do Coração (região central de São Paulo), um eletrocardiógrafo foi ajustado em seu peito e acoplado a um telefone celular.
Antes que ele desse entrada no hospital, os médicos já tinham em mãos seu eletrocardiograma. O diagnóstico foi queda de pressão.
Para o paciente, apenas um susto. Para os médicos, foi a inauguração de um sistema inédito de diagnóstico à distância que está sendo implantado no Hospital do Coração. O ministro José Serra, da Saúde, deixou Brasília só para participar do evento.
A instituição é uma instituição privada. Mas tanto Serra quanto Adib Jatene -diretor do hospital- disseram que as tecnologias de ponta podem ampliar o acesso das pessoas à saúde. "Há muitas localidades onde não há cardiologista", disse o ministro.
O sistema permite que um técnico ajuste o eletrocardiógrafo que, por meio de um modem, envia os dados ao hospital onde está o computador central. Ali, um médico fará a leitura e dirá o que deve ser feito com o paciente.
O computador principal, que armazena 1,5 milhão de exames, custa US$ 70 mil. Um eletrocardiógrafo, US$ 5.000. O mesmo equipamento acoplado a um desfibrilador (que permite recuperar o ritmo cardíaco) sai por R$ 10 mil instalado em ambulância.
A instalação do equipamento nos carros Regaste do Corpo de Bombeiros não acontecerá nos próximos dois anos, estima o tenente Walmir Corrêa Leite. A prioridade ainda são simples desfibriladores. Atualmente, o aparelho existe em apenas 1 das 39 ambulâncias de "suporte básico" que circulam por São Paulo.
(AURELIANO BIANCARELLI)

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