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GERALDO GOMES DE ALMEIDA (1920-2009)
O engenheiro sempre tentou descobrir e conservar suas raízes
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A família só soube há cerca
de um mês, mas o engenheiro
mineiro Geraldo Gomes de
Almeida havia pedido, no fim
dos anos 90, o tombamento
do que sobrou de uma olaria
no Rio Grande do Sul.
De uma família que sempre
se preocupou em descobrir
suas próprias raízes, Geraldo
soube que era sobrinho-bisneto de Domingos José de Almeida, fazendeiro e um dos financiadores da Revolução
Farroupilha.
Ao saber que as paredes que
restaram da olaria do antepassado, morto no fim do século 19, estavam ameaçadas,
entrou com o processo, cujo
andamento é hoje desconhecido pela família.
Formado em engenharia
civil, no Rio de Janeiro, na década de 40, Geraldo trabalhou
na prefeitura da cidade, onde
fez inúmeras obras na área de
saneamento.
Em São Paulo, trabalhou na
primeira etapa das rodovias
dos Bandeirantes, da antiga
Trabalhadores e da Imigrantes e na estrada de ferro Santos-Jundiaí.
Segundo a filha Maria Celuta, Geraldo foi um dos fundadores da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.).
Quando cuidava de licitações, certa vez recebeu uma
TV em casa, que a mulher desembrulhou sem saber. Ao
ver o aparelho, embrulhou e
despachou de volta.
Morreu quarta, aos 89, vítima de um câncer que atingiu
vários órgãos. Teve seis filhos,
dez netos e cinco bisnetos.
A missa de sétimo dia será
amanhã, às 19h30, na paróquia Imaculada Conceição,
em São Paulo.
obituario@grupofolha.com.br
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