São Paulo, terça-feira, 30 de março de 2010

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ROMEU CORSINI (1916-2010)

Engenheiro do avião Paulistinha e defensor do etanol

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos anos 40, graças à Campanha Nacional de Aviação, os Paulistinhas tomaram o espaço aéreo brasileiro. Um dos responsáveis pelo projeto dos tais aviões, usados no treinamento dos pilotos e doados aos aeroclubes do país pelo governo, foi Romeu Corsini.
Nascido na paulista Jardinópolis, ele cresceu em Ribeirão Preto e veio à capital estudar engenharia. Formou-se em 1942 pela Poli, um ano depois de ter se tornado piloto. Era apaixonado por aviação e integrou entidades como o Aeroclube de SP. Participou também das discussões que deram na criação da Embraer.
Por anos, trabalhou no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), onde se aposentou, nos anos 70. Depois, na Escola de Engenharia de São Carlos, foi professor e diretor.
Criou o curso de engenharia aeronáutica na instituição.
Romeu foi um dos grandes defensores do etanol como alternativa à gasolina. Desenvolveu motores para o combustível -argumentava que ele era benéfico ao ambiente. Seus carros eram todos a álcool, diz o filho João Marcos. Após se aposentar pela USP, dedicou-se a seus pequenos projetos, como o do "jipe voador", avião de quatro lugares para voos curtos.
Aos 93, estava fraco e havia perdido um pouco da memória. Morreu na quinta, após um derrame. Deixa seis filhos, 17 netos e três bisnetos. Duas missas de sétimo dia serão realizadas amanhã: uma em SP, às 17h30, na igreja N. Sra. de Fátima, e outra em São Carlos, às 18h30, na igreja de São Sebastião.

coluna.obituario@uol.com.br


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