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ROMEU CORSINI (1916-2010)
Engenheiro do avião Paulistinha e defensor do etanol
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos anos 40, graças à Campanha Nacional de Aviação,
os Paulistinhas tomaram o
espaço aéreo brasileiro. Um
dos responsáveis pelo projeto
dos tais aviões, usados no treinamento dos pilotos e doados
aos aeroclubes do país pelo
governo, foi Romeu Corsini.
Nascido na paulista Jardinópolis, ele cresceu em Ribeirão Preto e veio à capital estudar engenharia. Formou-se
em 1942 pela Poli, um ano depois de ter se tornado piloto.
Era apaixonado por aviação
e integrou entidades como o
Aeroclube de SP. Participou
também das discussões que
deram na criação da Embraer.
Por anos, trabalhou no IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas), onde se aposentou, nos anos 70. Depois, na
Escola de Engenharia de São
Carlos, foi professor e diretor.
Criou o curso de engenharia
aeronáutica na instituição.
Romeu foi um dos grandes
defensores do etanol como alternativa à gasolina. Desenvolveu motores para o combustível -argumentava que
ele era benéfico ao ambiente.
Seus carros eram todos a álcool, diz o filho João Marcos.
Após se aposentar pela
USP, dedicou-se a seus pequenos projetos, como o do
"jipe voador", avião de quatro
lugares para voos curtos.
Aos 93, estava fraco e havia
perdido um pouco da memória. Morreu na quinta, após
um derrame. Deixa seis filhos, 17 netos e três bisnetos.
Duas missas de sétimo dia
serão realizadas amanhã:
uma em SP, às 17h30, na igreja N. Sra. de Fátima, e outra
em São Carlos, às 18h30, na
igreja de São Sebastião.
coluna.obituario@uol.com.br
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