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Crise no MA expõe promessas descumpridas
Falta de leitos de UTI em Imperatriz revela vaivém de projetos políticos anunciados e não executados
ESTELITA HASS CARAZZAI
SILVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
A crise da falta de leitos de
UTI em Imperatriz (MA), agravada após a morte de 16 crianças que aguardavam internação
com ordem judicial, expõe um
vaivém de promessas políticas
jamais cumpridas. Desde 2008,
pelo menos 111 leitos de UTI já
foram prometidos pelas administrações estadual e municipal, mas nenhum foi criado.
Como consequência, Imperatriz, segunda maior cidade do
Estado, tem só 44 leitos públicos de UTI -segundo o Ministério da Saúde, deveria ter 120.
Em março do ano passado,
pouco antes de ser cassado, o
ex-governador Jackson Lago
(PDT) firmou um convênio de
R$ 20 milhões para a construção de um novo hospital municipal em Imperatriz, que teria
12 vagas de UTI. O atual, com
dez leitos, fica num imóvel alugado, ao custo mensal de R$
100 mil, o que dificulta a construção de novas vagas de UTI.
Ao assumir o governo, Roseana Sarney (PMDB) anulou o
convênio na Justiça e anunciou
a criação de novo hospital na cidade, com 30 leitos de UTI. A
obra ainda não foi nem licitada.
Outro projeto parado é a ampliação da UTI neonatal do
Hospital Regional Materno-Infantil. Um anexo ao hospital
-hoje com 14 leitos de UTI-
começou a ser construído há
dois anos. O secretário estadual
da Saúde, Ricardo Murad, diz
que 31 leitos serão abertos em
120 dias. Mas o espaço disponível abriga até dez, afirma Clidenor Plácido, diretor do hospital.
Em novembro, o então secretário municipal da Saúde, Mamede Magalhães, disse ter enviado ao Ministério da Saúde
um projeto para abrir 20 leitos
de UTI no hospital municipal.
A atual secretária, Conceição
Madeira, ignorava o pedido até
sexta-feira. Ontem, disse que o
governo ainda não respondeu.
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