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LEGISLATIVO
Tatto convida Ministério Público a entrar no caso
Câmara pede quebra de sigilo de suspeitos em esquema de cartas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal entra hoje
com pedido de quebra de sigilo
bancário de três suspeitos de envolvimento no esquema fraudulento de postagem do Legislativo.
"Trata-se de um crime sem proporções. Queremos ir até as últimas consequências na investigação", disse, ontem, o presidente
da casa, Arselino Tatto (PT).
As contas bancárias que terão o
sigilo quebrado pertencem aos
sócios da franquia dos Correios
na rua Luis Góis, na Vila Mariana
(zona sul), e ao chefe do serviço
de postagem da Câmara.
Sindicância interna do Legislativo constatou que, há nove anos,
o departamento de postagem utiliza os serviços da franquia da Vila
Mariana. Pelo contrato com a
Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (EBCT), as cartas devem ser postadas na agência central, que não é franqueada.
A sindicância rastreou três cheques de pagamento a serviços,
que somam cerca de R$ 750 mil, e
verificou que dois deles foram parar nas contas pessoais dos sócios
da franquia. Os cheques eram endossados com um carimbo supostamente falso da EBCT.
Por conta da fraude, o relatório
estimou prejuízo anual de R$ 18,3
milhões aos cofres públicos, calculado pela média das tarifas dos
Correios multiplicada pelo volume de cartas postadas pela Câmara (330 mil/ano).
"Na verdade não há um número
preciso do prejuízo, que foi alto.
Há vários outros cheques que não
foram rastreados", disse Tatto.
O presidente da Câmara firmou
parceria com o Ministério Público Estadual, entregando ontem o
relatório preliminar de sindicância ao promotor Saad Mazloum.
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