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São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2003

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SEGURANÇA

PM é uma das organizadoras

Feira em SP mostra apetrechos não-letais

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma bomba de gás lacrimogêneo que se fragmenta ao ser jogada, o que evita que os manifestantes a arremessem de volta contra os policiais, como costuma correr em tumultos. Um aparelho de comunicação de alta tecnologia, com fone de ouvido e microfone, para ser usado por PMs em estádios em substituição aos rádios HT, às vezes imprecisos na algazarra das torcidas de futebol.
Esses equipamentos, que estão na mira da Polícia Militar paulista, são apenas dois itens na lista de novidades da 2ª Interdefesa (Feira Internacional de Segurança e Defesa), que ocorre de 6 a 9 de maio, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A feira é uma parceria entre a PM e a empresa Alcântara Machado.
Além de serem demonstradas nos estandes da feira, as armas e técnicas policiais não-letais vão ser tema de debate do 2º Seminário Internacional de Gerenciamento de Crise. "A invasão sem mortes de presídios durante a megarrebelião [2001" pela polícia mostrou que a aplicação desses métodos está dando certo", afirmou o coronel Osvaldo de Barros Júnior, ex-comandante da tropa de choque da PM e presidente da comissão executiva da feira.
"Uma arma chamada não-letal pode até matar se não for usada adequadamente", disse José Danghesi, diretor da Interdefesa.
Segundo José Carlos Ramalho, representante da Welser Itage, que comercializa armas não-letais, a mentalidade das polícias mudou a partir de episódios que terminaram em massacre. "Os massacres do Carandiru [1992" e de Eldorado dos Carajás [1996" mudaram a mentalidade da polícia, e esse setor cresceu."
Segundo Renato Sheeny, representante da Condor, que produz armas e munições não-letais, sua empresa vem crescendo 10% a cada dois anos por causa do aumento da procura.
A feira é destinada às polícias, guardas municipais e empresas privadas de segurança. Nesta edição, serão 82 expositores, com 125 marcas -o dobro da edição do ano passado. A feira também vai discutir o trabalho das polícias comunitária e ambiental.


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