São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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Hinos entoados por universitários exaltam violência

DA SUCURSAL DO RIO

"Eu sou da Uerj e sozinho mato mil. Eu sou da Uerj, a mais temida do Brasil. Se é para lutar, se é para morrer, eu sou da Uerj e estou botando pra f(...). Porrada, porrada, porrada." Esse é um trecho de uma das três músicas distribuídas pelos veteranos aos calouros de medicina da Uerj no manual do calouro, que inclui outras informações sobre a rotina e os serviços da universidade.
Apesar do tom que mais lembra os hinos entoados pelas torcidas organizadas de futebol, os estudantes ouvidos pela Folha dizem que são apenas brincadeiras.
"A gente chega cantando nos encontros de medicina da mesma maneira que outras faculdades também cantam suas músicas. Mas nunca aconteceu nenhuma briga por causa das musiquinhas. É legal ver a galera cantando. Só isso", afirma o diretor de esportes do Centro Acadêmico, Guilherme Runco.
Gabriel Santiago, diretor de comunicação do CA, concorda: "Não passa daquilo. Pode ter um conteúdo de violência, mas é uma coisa apenas para unir", afirma.
A coordenadora do curso de graduação, Fátima Alvarenga, também não vê gravidade. "É uma coisa muito contextualizada, que eles cantam em jogos de futebol. Nunca tivemos relatos de violência por causa disso."


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