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Hinos entoados
por universitários
exaltam violência
DA SUCURSAL DO RIO
"Eu sou da Uerj e sozinho
mato mil. Eu sou da Uerj, a
mais temida do Brasil. Se é
para lutar, se é para morrer,
eu sou da Uerj e estou botando pra f(...). Porrada, porrada, porrada." Esse é um trecho de uma das três músicas
distribuídas pelos veteranos
aos calouros de medicina da
Uerj no manual do calouro,
que inclui outras informações sobre a rotina e os serviços da universidade.
Apesar do tom que mais
lembra os hinos entoados
pelas torcidas organizadas
de futebol, os estudantes ouvidos pela Folha dizem que
são apenas brincadeiras.
"A gente chega cantando
nos encontros de medicina
da mesma maneira que outras faculdades também cantam suas músicas. Mas nunca aconteceu nenhuma briga
por causa das musiquinhas.
É legal ver a galera cantando.
Só isso", afirma o diretor de
esportes do Centro Acadêmico, Guilherme Runco.
Gabriel Santiago, diretor
de comunicação do CA, concorda: "Não passa daquilo.
Pode ter um conteúdo de
violência, mas é uma coisa
apenas para unir", afirma.
A coordenadora do curso
de graduação, Fátima Alvarenga, também não vê gravidade. "É uma coisa muito
contextualizada, que eles
cantam em jogos de futebol.
Nunca tivemos relatos de
violência por causa disso."
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