São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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SOLUÇÃO CARA

Quadro é gerado por falta de estacionamentos

Alunos de universidade disputam flanelinha que cobra R$ 60 mensais

DA REPORTAGEM LOCAL

Em alguns lugares de São Paulo, Welton Fonseca da Silva, 53, seria odiado por cobrar R$ 60 mensais de motoristas que querem estacionar em um espaço público.
Mas nas imediações da Unip (Universidade Paulista) do Jaguaré, na zona oeste, ele é visto por estudantes como uma "salvação".
Welton ganha R$ 15 por semana de cada motorista que quiser deixar a chave do carro para que possa estacioná-lo na rua ou na calçada, ainda que irregularmente.
O fenômeno se repete em outras faculdades de SP, como a PUC e a Anhembi-Morumbi, e é um retrato das dificuldades para estacionar nas imediações de pólos geradores de tráfego, que só crescem.
Essa evolução não é acompanhada da disponibilidade de vagas privadas nem públicas para receber os carros dos estudantes e cria situações esdrúxulas. Mas, se os universitários precisam tanto de vagas, por que não há oferta?
Para Sergio Morad, presidente do Sindepark-SP (sindicato dos estacionamentos) "as faculdades concentram um uso sazonal das vagas, sem rotatividade. Muitas vezes não dá para viabilizar um empreendimento. E em muitos lugares os clientes não têm um poder aquisitivo alto, não dá para cobrar R$ 6, R$ 7, R$ 8 por dia".
Na Faap, no bairro do Pacaembu (zona oeste de SP), a CET passou a adotar um sistema de zona azul diferenciada, com a validade de três horas do cartão e possibilidade de pagamento de um bilhete mensal. A Unip diz que viabilizará convênios para ter estacionamentos na região.


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