COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cerca de mil ativistas, alguns com máscaras de animais, protestaram ontem contra a atuação do Centro de Controle de Zoonoses em SP. O grupo diz que o órgão é negligente com bichos, não os disponibiliza para adoção e descumpre lei que proíbe matar animais sadios. O CCZ nega.
O ato durou três horas e bloqueou a rua do órgão.
Segundo o vereador Roberto Tripoli (PV), o CCZ tem, entre outras irregularidades, higienização inadequada e animais em estado de abandono -o que o órgão contesta. Tripoli preside a Comissão de Proteção Animal da Câmara.
Outra crítica é quanto ao sacrifício de animais -isso só poderia ocorrer em estado terminal e mediante laudo, segundo lei estadual. Autor da lei, o deputado Feliciano Filho (PV) diz que o laudo não é disponibilizado. O CCZ nega.
Dos 894 animais que entraram no CCZ entre janeiro e março deste ano, 802 sofreram eutanásia. O índice de sacrifícios (90%) é alto, segundo especialistas. Rita de Cássia Garcia, do CCZ, diz que a maioria dos bichos estava em "estado ruim".
Os ativistas se queixam ainda da dificuldade no processo de adoção de cães de grande porte. As feiras de doação continuam ocorrendo, diz o CCZ.


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