São Paulo, quarta, 30 de abril de 1997.

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Prédios não se preservaram

em Belo Horizonte

Construída há um século para abrigar a capital de Minas, Belo Horizonte guarda poucas construções da época de sua inauguração.
O que ficou, no entanto, é um exemplo do que se fazia de mais moderno em termos de arquitetura e urbanismo no mundo. É também representativo dos ideais republicanos e positivistas no Brasil.
A historiadora Heliana Angotti Salgueiro destaca, por exemplo, o trabalho de Aarão Reis, que tentou imprimir em Belo Horizonte a marca do positivismo.
A planta de traçado geométrico da cidade se aproxima da reforma de Paris do século passado, mas, para Salgueiro, o grande modelo foi La Plata, na Argentina.
O arquiteto José de Magalhães, formado na École des Beaux-Arts de Paris ``copiou'' um quiosque de Paris no Parque Municipal de Belo Horizonte.
``O fato de se ter destruído o Curral dél Rey (que existiu no lugar de Belo Horizonte) fez com que não houvesse preocupação com a preservação'', diz a diretora de patrimônio da prefeitura, Lídia Avelar Estanislau.
O único prédio anterior à construção da capital bem preservado é a casa da fazenda do Leitão, que abriga o Museu Histórico Abílio Barreto.

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