|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ADMINISTRAÇÃO
Após protesto, número de ambulantes autorizados a atuar no quadrilátero-piloto aumenta de 147 para 250
Prefeitura recua, e centro terá mais camelôs
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeitura recuou diante da pressão dos camelôs do quadrilátero-piloto -espaço delimitado pelas ruas Conselheiro Crispiniano e Sete de Abril e avenidas Ipiranga e São João, no centro.
No lugar dos 147 ambulantes previstos inicialmente no cadastramento, serão permitidos 250 no local, durante prazo ainda indeterminado.
Há 15 dias, a Administração Regional da Sé distribuiu os Termos
de Permissão de Uso (TPU) para
os 147 ambulantes. Logo após,
cerca de cem entraram com recurso na prefeitura contra o cadastramento da AR-Sé.
Ontem, camelôs do quadrilátero protestaram com apitos contra
a fiscalização da prefeitura. Não
houve confronto, mas algumas
lojas da região baixaram as portas. Desde as 7h, fiscais da AR-Sé
impediram que ambulantes sem
TPU montassem barracas.
Cerca de 30 policiais da Guarda
Civil Metropolitana participaram
da operação. Segundo o primeiro-sargento GCM Ailton Martins,
os fiscais impediram apenas seis
ambulantes de trabalhar.
Já os marreteiros ouvidos pela
Folha afirmaram que cerca de 50
não puderam montar suas barracas, alguns dos quais com TPU.
No cruzamento entre a 24 de
Maio e a Dom José de Barros, no
miolo do quadrilátero, havia 30
camelôs protestando com apitos.
Às 13h, após os fiscais e policiais
saírem do local, as barracas irregulares voltaram e o comércio
reabriu as portas.
O protesto levou a AR-Sé a convocar uma reunião extraordinária
da Comissão Permanente de Ambulantes (CPA). Na reunião, ficou
decidido incluir os camelôs que
entraram com recurso.
Na última segunda-feira, a prefeitura decidiu intensificar a fiscalização no quadrilátero, que passou a ser vigiado por cerca de 200
fiscais. A decisão foi tomada logo
após veiculação de reportagem da
TV Globo em que aparecem camelôs afirmando terem sido extorquidos por fiscais.
"Os protestos fazem parte da
operação. Acredito que deverá
haver muitos outros, até piores do
que esse", afirma o secretário de
Implementação das Subprefeituras, Jilmar Tatto. "Este momento
de implantação do novo esquema
é realmente muito difícil", diz.
(SÉRGIO DURAN)
Texto Anterior: Minas: Itamar ameaça demitir professores Próximo Texto: SP na Copa: CET montará esquema especial em dia de jogo Índice
|