São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Após protesto, número de ambulantes autorizados a atuar no quadrilátero-piloto aumenta de 147 para 250

Prefeitura recua, e centro terá mais camelôs

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura recuou diante da pressão dos camelôs do quadrilátero-piloto -espaço delimitado pelas ruas Conselheiro Crispiniano e Sete de Abril e avenidas Ipiranga e São João, no centro.
No lugar dos 147 ambulantes previstos inicialmente no cadastramento, serão permitidos 250 no local, durante prazo ainda indeterminado.
Há 15 dias, a Administração Regional da Sé distribuiu os Termos de Permissão de Uso (TPU) para os 147 ambulantes. Logo após, cerca de cem entraram com recurso na prefeitura contra o cadastramento da AR-Sé.
Ontem, camelôs do quadrilátero protestaram com apitos contra a fiscalização da prefeitura. Não houve confronto, mas algumas lojas da região baixaram as portas. Desde as 7h, fiscais da AR-Sé impediram que ambulantes sem TPU montassem barracas.
Cerca de 30 policiais da Guarda Civil Metropolitana participaram da operação. Segundo o primeiro-sargento GCM Ailton Martins, os fiscais impediram apenas seis ambulantes de trabalhar.
Já os marreteiros ouvidos pela Folha afirmaram que cerca de 50 não puderam montar suas barracas, alguns dos quais com TPU. No cruzamento entre a 24 de Maio e a Dom José de Barros, no miolo do quadrilátero, havia 30 camelôs protestando com apitos. Às 13h, após os fiscais e policiais saírem do local, as barracas irregulares voltaram e o comércio reabriu as portas.
O protesto levou a AR-Sé a convocar uma reunião extraordinária da Comissão Permanente de Ambulantes (CPA). Na reunião, ficou decidido incluir os camelôs que entraram com recurso.
Na última segunda-feira, a prefeitura decidiu intensificar a fiscalização no quadrilátero, que passou a ser vigiado por cerca de 200 fiscais. A decisão foi tomada logo após veiculação de reportagem da TV Globo em que aparecem camelôs afirmando terem sido extorquidos por fiscais.
"Os protestos fazem parte da operação. Acredito que deverá haver muitos outros, até piores do que esse", afirma o secretário de Implementação das Subprefeituras, Jilmar Tatto. "Este momento de implantação do novo esquema é realmente muito difícil", diz.
(SÉRGIO DURAN)

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