São Paulo, domingo, 30 de maio de 2004

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Método de tratamento tem dois séculos

DA REPORTAGEM LOCAL

A homeopatia tem dois séculos, é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e tem seguidores em várias escolas médicas, entre elas a Unifesp e a Faculdade de Medicina da USP. Mas a falta de pesquisas que demonstrem sua ação a desclassifica aos olhos de muitos alopatas. Poucas escolas médicas têm a homeopatia como disciplina de graduação e, quando têm, é optativa. O serviço público só agora começa a considerar a homeopatia.
Para o professor Flávio Dantas, titular de homeopatia da Federal de Uberlândia, há um ciclo vicioso que emperra essa terapêutica. Para ele, as pesquisas em medicina e com medicamentos exigem qualidade, profissionais habilitados e, conseqüentemente, muito dinheiro. "Como os remédios homeopatas não interessam aos laboratórios, não há investimento em pesquisa." Sem pesquisa, não há credibilidade.
Caberia às instituições governamentais financiar estudos e o treinamento de mais profissionais nessa área, diz Dantas. Mas a principal dificuldade estaria sempre na comparação com a alopatia. "São duas terapêuticas com princípios diferentes e que não podem ser comparadas", diz o médico.


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