São Paulo, segunda-feira, 30 de maio de 2011 |
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ANÁLISE Morador faz segurança de espaço público para proteger bem privado JOSÉ DOS REIS SANTOS FILHO ESPECIAL PARA A FOLHA As cidades podem se precaver contra o aumento da frota de carros e a criminalidade. Planejamento não é bola de cristal, mas pode ser eficaz na redução de danos. No caso de São Paulo, são visíveis as dificuldades em chegar a esse modelo. Os logradouros públicos da capital são disputados em suas funções e finalidades. De fato, não resistiram à sua ocupação pela frota de carros e pela criminalidade. Se uma percepção inicial nos faz vê-los como locais de circulação usados de forma a atrapalhar a vida do cidadão, um segundo olhar nos faz percebê-los como oportunidade para o furto de veículos. Se a realidade sinaliza a incapacidade de tornar coletivos os espaços, e se a criminalidade permanece como uma ameaça, o horizonte é de soluções que reproduzem o estado de coisas. Nada mais natural que, para proteger um bem privado, se estenda ao espaço público medidas de proteção do ambiente doméstico: holofotes, câmeras e seguranças. Tudo isso no lugar de uma expressão clara de descontentamento contra os administradores da cidade. JOSÉ DOS REIS SANTOS FILHO , é sociólogo e coordenador do Núcleo de Estudos sobre Situações de Violência e Políticas Alternativas da Unesp de Araraquara Texto Anterior: Áreas de preocupação Próximo Texto: Ausência de garagens facilita ação dos ladrões Índice | Comunicar Erros |
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