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EDUCAÇÃO
Funcionários das universidades pediam reajuste de 9,41%, mas instituições condicionam aumento à maior arrecadação
Reitores rejeitam proposta de grevistas
DA FOLHA CAMPINAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O Cruesp (Conselho de Reitores
das Universidades Estaduais Paulistas) recusou ontem a proposta
de reajuste apresentada pelo Fórum das Seis -que representa os
sindicatos das três universidades
estaduais paulistas e o Centro
Paula Souza. Com isso, a greve,
que em algumas unidades já passa de 46 dias, será mantida.
O Cruesp informou que não
considera agendar uma nova reunião. Os sindicatos não concordam com a proposta de aumento
condicionado a uma arrecadação
acima de R$ 32,4 bilhões em outubro. Eles haviam pedido reajuste
salarial de 9,41%, referente a perdas salariais de 2001 e à inflação
dos últimos 12 meses.
Os servidores da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos
fecharam ontem, pela segunda
vez, os portões durante seis horas.
Segundo Domício Cândido Rodrigues, 47, do sindicato dos funcionários (Sintusp), alunos, funcionários e docentes conseguiam
entrar a pé no campus. "Hoje, um
grupo de 40 pessoas deve sair de
São Carlos para acompanhar a
votação da LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) na Assembléia
Legislativa", disse o sindicalista. A
lei pode aumentar o repasse de
ICMS (Imposto Sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) do Estado para as universidades.
Ontem, na Cidade Universitária, em São Paulo, houve conflito
entre grevistas e a Guarda Universitária. Segundo Magno Carvalho,
presidente do Sintusp, piqueteiros que impediam o acesso à reitoria foram agredidos pelos guardas, que também arrancaram faixas. Isso permitiu, segundo o sindicato, a entrada do reitor e de
mais seis funcionários. Todos deixaram o prédio no final do dia.
A assessoria da reitoria disse,
em nota, que "numa decisão difícil, porém necessária para que a
normalidade operacional retorne
aos órgãos da USP, a administração central decidiu retomar o
controle do prédio da reitoria".
Funcionários acamparão em
frente à reitoria a partir desta madrugada. Em Ribeirão Preto, a
USP deve ter o portão principal
fechado. Na Unesp (Universidade
Estadual Paulista) de Jaboticabal,
um encontro do Conselho Universitário marcado para hoje foi
suspenso. Os campi de Franca e
Araraquara seguem em greve.
Colaborou a Reportagem Local
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