São Paulo, sábado, 30 de junho de 2007

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Dutra passará a ter lombadas eletrônicas

Objetivo é reduzir quantidade de acidentes e controlar velocidade; implantação fará pedágio aumentar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Via Dutra, estrada privatizada que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, deverá ter barreiras eletrônicas de controle de velocidade para tentar reduzir a quantidade de acidentes.
O custo de instalação dos equipamentos será pago pelos usuários da rodovia, que arcarão com um reajuste de pedágio maior a partir de agosto.
Conhecido também como lombada eletrônica, o aparelho, com um totem, é mais visível do que os radares comuns.
"A gente tem constatado que, apesar das melhorias que foram feitas na rodovia, os acidentes ainda estão no mesmo patamar do início da concessão", avalia Carlos Serman, superintendente de Exploração de Infra-Estrutura da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Custo das barreiras
Serman explicou que será necessário incluir o custo das barreiras eletrônicas no valor da tarifa de pedágio porque as obras não estavam previstas no contrato de concessão da Nova Dutra, empresa privada responsável desde 1996 por operar a rodovia. "A idéia é que não seja um percentual que fique muito acima do que seria o reajuste normal", disse.
Os equipamentos vão medir a velocidade máxima, que irá variar de acordo com o ponto da rodovia. O teto de velocidade deverá ficar entre 110 km/h e 120 km/h. As multas para quem desrespeitar os limites serão arrecadadas pelo governo federal, por meio do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes).
O projeto ainda não está fechado e os locais das barreiras ainda não foram definidos pelo governo. A idéia é que sejam instalados aproximadamente 60 pontos de medição na rodovia. Cada ponto corresponde a uma barreira em uma faixa. Ou seja, nos trechos em que houver, por exemplo, três faixas, haverá três pontos para que toda a pista fique coberta. A Dutra tem 402 quilômetros.
De acordo com números divulgados pela concessionária Nova Dutra em janeiro, em 1997, primeiro ano após a privatização, houve 481 mortes causadas por acidentes da estrada. Em 2000, esse número caiu para 259 mortes e tem se mantido nesse patamar desde então. Durante o ano de 2006, foram 230 mortes. (HM e ES)

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