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Fila para exames médicos em SP tem pedidos de 2003
Procedimentos com espera na cidade são os de imagem, que incluem ultra-sons, tomografias e ressonâncias magnéticas
Prefeitura de SP não sabe quantos casos se encontram nessa situação; secretária municipal diz que comissão estuda como reduzir atrasos
DO "AGORA"
A fila de espera por exames
médicos na rede de saúde pública da capital possui casos de
pedidos feitos em 2003. A constatação foi relatada pela secretária municipal da Saúde, Maria Aparecida Orsini, em entrevista dada na semana passada.
O problema foi detectado pela própria prefeitura paulistana
em uma auditoria da Secretaria
Municipal da Saúde. A administração, porém, ainda não sabe o número total de pacientes
que aguardam pelos procedimentos de exame.
"Uma comissão especial está
apurando a demanda real pelos
serviços para definir como e
quanto é preciso investir para
reduzir a demora na marcação
dos exames", afirma a secretária. Os procedimentos com espera são os de imagem -ultra-sons, tomografias e ressonâncias magnéticas.
A secretária diz ainda que
hoje o órgão trabalha com dois
tipos de fila de espera. Uma é
formada pelos pacientes que
possuem encaminhamentos
anteriores à implantação de
sistemas informatizados nas
unidades do município.
Maria Aparecida afirma que
os casos não atendidos desde
2003 estão entre esses usuários. Isso inclui as gestões Marta Suplicy (2001-2004) e Serra/Kassab (desde 2005). A outra fila é daqueles que tiveram
suas solicitações já incluídas
nas agendas informatizadas.
A criação da comissão ocorreu após a publicação de reportagens sobre pacientes do sistema público paulistano que
aguardam por vários meses até
conseguir os procedimentos.
Ao reclamar da demora, muitos são encaminhados por funcionários e médicos de UBSs
(Unidades Básicas de Saúde) a
clínicas particulares.
A auditoria da prefeitura
também está investigando outros problemas no sistema de
marcação dos exames. Segundo a administração, há pacientes que pedem o agendamento
em várias unidades de saúde.
Isso faz com que a fila de espera cresça artificialmente e
que ocorra um grande número
de ausências nos procedimentos marcados -aqueles que são
atendidos em um posto não
cancelam as solicitações nos
outros postos, diz a prefeitura.
A principal causa destes problemas é que ainda há unidades de saúde não informatizadas -cerca de 10% do total- e
tipos de exames, como tomografia e ultra-som, que ainda
não entraram no sistema eletrônico de marcações. "O funcionamento pleno do sistema
permitiria identificar as marcações em duplicidade e evitar
que elas ocorressem", afirma a
secretária da Saúde.
Maria Aparecida diz ainda
que a prefeitura abriu um concurso público para contratar
914 auxiliares administrativos
para cuidar das agendas computadorizadas. "Queremos
gente nova para colaborar na
mudança da cultura de atendimento."
(FLÁVIO FERREIRA)
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