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Organizador deixa protesto
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Associação de
Moradores do Jacarezinho, Rumba Gabriel, desistiu de participar
do ato da Frente de Luta Popular
com medo de ser indiciado por
participação no tráfico de drogas
e incitamento a depredações.
A decisão de Gabriel, um dos
organizadores do ato, foi tomada
na noite de anteontem durante
reunião na Secretaria Estadual de
Segurança Pública.
Participaram da reunião o secretário Josias Quintal e 12 delegados de Polícia Civil encarregados
de apurar a suposta vinculação de
líderes comunitários com o tráfico e os quebra-quebras.
No encontro, Gabriel foi informado que dois inquéritos abertos
pela 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo, zona norte) o vinculam ao tráfico na favela do Jacarezinho e à queima, por moradores
da área, de dois ônibus e um carro, ocorrida em 21 de maio após a
morte de Denilson Félix, 19, supostamente pela Polícia Militar.
A desistência de Gabriel foi alvo
de muitas críticas no ato de ontem. Para os manifestantes, ele teria sido pressionado pelo governo
a abandonar o movimento.
"Acho que ele teve medo de ser
enquadrado na Lei de Segurança
Nacional, porque suas declarações é que nos trouxeram problemas e suscitaram essas acusações
de ligação com o tráfico", afirmou
André Fernandes.
Líder comunitário do conjunto
Bancários (Ilha do Governador,
zona norte), Joezer Pimenta disse
que Gabriel foi "um soldado covarde". "Queremos mostrar ao
governo que não somos bandidos, somos cidadãos do bem",
disse Pimenta.
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