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Alunos perdem medo de repetir
DA REPORTAGEM LOCAL
Concursada há dez anos, a professora de português Adriana, 36
(o nome é fictício), diz já ter tirado
duas licenças, alegando motivos
médicos, em razão da violência
sofrida na escola estadual onde leciona, no bairro do Ipiranga, periferia de Ribeirão Preto (SP).
Para ela, um dos motivos da vitimização dos professores foi a
implantação da progressão continuada. "Eles perderam o medo de
repetir de ano. Não há o menor
respeito pelo professor."
Para Juçara Dutra Freire, do
CNTE, a progressão automática
pode "tangencialmente" ajudar
na falta de disciplina de alguns
alunos, mas não é a principal causa de violência dentro das escolas.
"Não é uma causa muito forte. Será que se voltássemos ao que era
antes, a violência diminuiria?"
Resultados
Um programa que tem apresentado resultados positivos na diminuição da violência é o Escola
Aberta, elaborado pela Unesco
em parceria com o MEC (Ministério da Educação), que mantém as
instituições abertas nos finais de
semana e promove atividades culturais e esportivas para alunos,
pais e para toda a comunidade.
Segundo a Secretaria Estadual
de Educação, que implementou o
programa na rede com o nome
Escola da Família, após um ano
de funcionamento a violência
contra o patrimônio havia diminuído 29%, e a violência contra a
pessoa tinha sido reduzida em
27% nas escolas.
(FM e CC)
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