São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 2005

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Restaurantes cariocas têm alto nível de nicotina

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Apesar de ter a menor proporção de fumantes (17,5%) entre sete cidades da América Latina, o nível de poluição do ambiente causado pelo fumo em restaurantes na cidade do Rio é o segundo maior em comparação com Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile), Lima (Peru), Assunção (Paraguai) e San José (Costa Rica), atrás apenas de Buenos Aires (Argentina). Os dados foram divulgados ontem -Dia Nacional de Combate ao Fumo- pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) e fazem parte de uma pesquisa da Organização Pan-Americana de Saúde. A cidade tem a segunda maior taxa -2,5189 microgramas de nicotina por metro cúbico- em ambientes de restaurantes. Nesse item da pesquisa, o Rio perde apenas para Buenos Aires, onde 39,8% da população fuma.
Foi por essa razão que o Inca lançou ontem uma campanha com foco nos garçons e funcionários de bares e restaurantes. "Um profissional que trabalha oito horas num dia, mesmo que não fume, terá inalado o equivalente a quatro a dez cigarros num só dia", afirma Tânia Cavalcante, chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca e coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo.
Segundo Cavalcante, não basta criar áreas de não-fumantes: "Não adianta separar uma área para fumantes e não-fumantes porque a fumaça se espalha por todos os ambientes."


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