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Restaurantes cariocas têm alto nível de nicotina
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de ter a menor proporção de fumantes (17,5%) entre sete cidades da América Latina, o
nível de poluição do ambiente
causado pelo fumo em restaurantes na cidade do Rio é o segundo
maior em comparação com Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile), Lima (Peru), Assunção (Paraguai) e San José (Costa Rica), atrás
apenas de Buenos Aires (Argentina). Os dados foram divulgados
ontem -Dia Nacional de Combate ao Fumo- pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) e fazem
parte de uma pesquisa da Organização Pan-Americana de Saúde.
A cidade tem a segunda maior taxa -2,5189 microgramas de nicotina por metro cúbico- em
ambientes de restaurantes. Nesse
item da pesquisa, o Rio perde apenas para Buenos Aires, onde
39,8% da população fuma.
Foi por essa razão que o Inca
lançou ontem uma campanha
com foco nos garçons e funcionários de bares e restaurantes. "Um
profissional que trabalha oito horas num dia, mesmo que não fume, terá inalado o equivalente a
quatro a dez cigarros num só dia",
afirma Tânia Cavalcante, chefe da
Divisão de Controle do Tabagismo do Inca e coordenadora do
Programa Nacional de Controle
do Tabagismo.
Segundo Cavalcante, não basta
criar áreas de não-fumantes:
"Não adianta separar uma área
para fumantes e não-fumantes
porque a fumaça se espalha por
todos os ambientes."
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