São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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Juiz afirma parecer estranha autorização para vôo de Legacy

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SINOP

No primeiro interrogatório criminal sobre o acidente com o Boeing da Gol, concluído anteontem, o juiz federal em Sinop (MT), Murilo Mendes, afirmou que "parece estranha" a autorização de vôo dada ao jato Legacy pelo controle de tráfego aéreo de Brasília, o Cindacta-1.
A afirmação indica tendência de o juiz concluir que a falha do controle de vôo foi uma das causas da colisão entre o Boeing e o Legacy.
O controlador de vôo Felipe Santos dos Reis, 22, disse, na audiência, que autorizou o Legacy a voar a 37 mil pés de altitude apenas de São José dos Campos a Brasília. A partir daí, o jatinho deveria baixar a 36 mil pés. Como não o fez, colidiu com o Boeing.
Na avaliação do juiz, os pilotos do Legacy podem ter entendido que poderiam voar a 37 mil pés até Manaus (AM).
Em entrevista, Mendes minimizou seu comentário, feito durante a audiência. "Apenas tentei tirar minhas dúvidas. As conclusões a que cheguei vão ser esclarecidas no momento da sentença."
O advogado Roberto Sobral, defensor dos controladores, diz que o acidente ocorreu porque os pilotos do Legacy desligaram o transponder (equipamento anticolisão). A defesa dos pilotos não comentou a afirmação.
Os pilotos do Legacy Jan Paladino e Joseph Lepore não compareceram à audiência em Sinop.

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