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Juiz afirma parecer estranha autorização para vôo de Legacy
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SINOP
No primeiro interrogatório
criminal sobre o acidente com
o Boeing da Gol, concluído anteontem, o juiz federal em Sinop (MT), Murilo Mendes, afirmou que "parece estranha" a
autorização de vôo dada ao jato
Legacy pelo controle de tráfego
aéreo de Brasília, o Cindacta-1.
A afirmação indica tendência
de o juiz concluir que a falha do
controle de vôo foi uma das
causas da colisão entre o
Boeing e o Legacy.
O controlador de vôo Felipe
Santos dos Reis, 22, disse, na
audiência, que autorizou o Legacy a voar a 37 mil pés de altitude apenas de São José dos
Campos a Brasília. A partir daí,
o jatinho deveria baixar a 36
mil pés. Como não o fez, colidiu
com o Boeing.
Na avaliação do juiz, os pilotos do Legacy podem ter entendido que poderiam voar a 37
mil pés até Manaus (AM).
Em entrevista, Mendes minimizou seu comentário, feito
durante a audiência. "Apenas
tentei tirar minhas dúvidas. As
conclusões a que cheguei vão
ser esclarecidas no momento
da sentença."
O advogado Roberto Sobral,
defensor dos controladores, diz
que o acidente ocorreu porque
os pilotos do Legacy desligaram
o transponder (equipamento
anticolisão). A defesa dos pilotos não comentou a afirmação.
Os pilotos do Legacy Jan Paladino e Joseph Lepore não
compareceram à audiência em
Sinop.
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