São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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Noite fluminense se rende ao sertanejo

Estilo cresce no Estado, alcança casas noturnas e já inspirou até bloco de Carnaval

DO RIO

Em um salão com decoração rústica, homens e mulheres de chapéu e botas copiam coreografias ditadas pela dupla que, no palco, acentua os erres ao cantar hits de Luan Santana ou declamar versos como "Anel tem que ser de ouro, bota tem que ser de couro, mulher pra ser bonita tem que ter cabelo louro".
A cena não é em Barretos (423 km de SP), mas na Barra da Tijuca, bairro de elite na zona oeste do Rio, que finalmente se rendeu ao ritmo.
Baseada no Paraná, a dupla Mário Augusto e Alexandre faz, em média, 14 shows por mês -cinco no Rio. "Muitas duplas estão mirando o Rio. Há muita concorrência em outras regiões", dizem.
A estudante Wanda Cosentino escolheu a noite sertaneja da Melt, no Leblon, para comemorar seus 18 anos. Há um ano, ao colocar discos sertanejos para tocar, era chamada de brega pelas mesmas amigas que, com chapéus e camisas quadriculadas, cantavam vários hits do gênero em sua festa.
As festas da Melt e da Nuth, na Barra, são criações do empresário Marcelo Vital. "Quando a Oi comprou a Brasil Telecom, pensei: "Muita gente de outros Estados vai se mudar para o Rio [sede da Oi]", diz. "Hoje o carioca representa 50% do público."
Vital idealizou o bloco de Carnaval "Chora, Me Liga". Em fevereiro, o trio elétrico que só toca músicas sertanejas arrastou milhares de pessoas pelo Leblon. (CIRILO JUNIOR e FÁBIO GRELLET)


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