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Sem-terra invadem a "fazenda do PCC"
Imóvel foi seqüestrado pela Justiça sob suspeita de ter sido adquirido com parte de dinheiro furtado do Banco Central de Fortaleza
Terreno particular foi tomado por cerca de cem famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Acampados e Assentados, no Mato Grosso
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma fazenda particular em
Rondonópolis (219 km de Cuiabá-MT), que foi seqüestrada
pela Justiça sob suspeita de ter
sido adquirida com parte dos
R$ 164,8 milhões furtados do
Banco Central de Fortaleza
(CE), em agosto de 2005, foi invadida por sem-terra.
A invasão à propriedade foi
realizada por aproximadamente cem famílias ligadas ao MTA
(Movimento dos Trabalhadores Acampados e Assentados)
na madrugada da última quarta-feira.
A propriedade é um dos 11
imóveis espalhados pelo país
que foram identificados pela
Polícia Federal como possivelmente comprados com dinheiro do assalto ao BC.
Entre os bens, todos seqüestrados pela Justiça, há ainda
uma outra fazenda.
O seqüestro dos bens ocorreu no rastro da Operação Facção Toupeira, realizada no início deste mês.
A operação da PF frustrou
um possível assalto a bancos de
Porto Alegre (RS) organizado
por pessoas que, de acordo com
o órgão federal, tinham ligações
com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e com o assalto
ao Banco Central de Fortaleza.
Em algumas das propriedades seqüestradas, a PF apreendeu dinheiro em espécie, um
total de quase R$ 1 milhão. Na
fazenda invadida, o órgão não
encontrou dinheiro.
O delegado Alex Sandro Biegas, da PF de Rondonópolis,
disse que um documento sobre
a invasão foi encaminhou à sede da PF em Brasília. Em Brasília, a assessoria de imprensa da
Polícia Federal disse que não
foi informada da invasão. Biegas ainda não sabe que medida
jurídica será tomada.
A Folha não conseguiu falar
com os líderes do movimento
nem com o dono da fazenda.
Colaborou THIAGO REIS, da Agência Folha
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