São Paulo, domingo, 30 de setembro de 2007

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Desempenho na Uerj deve ser quase o mesmo

DA SUCURSAL DO RIO

A reitoria da Uerj informou que vai divulgar, até o fim de ano, um estudo mais aprofundado sobre o desempenho da primeira geração de alunos beneficiados pelo sistema de cotas no vestibular de 2003.
Dados preliminares desse estudo obtidos pela Folha na sub-reitoria de graduação da instituição mostram que a conclusão deve seguir a mesma linha da análise feita pela Educafro: não houve, ao final do curso, diferença significativa no desempenho dos alunos.

Resultado
Maria Alice Birbeire, estatística que está fazendo esse estudo, explica que o resultado já era esperado em parte.
Os alunos que ingressaram pela primeira lei de cotas não precisavam naquele momento comprovar renda familiar per capita inferior a R$ 630, norma em vigor hoje.
Com isso, entraram muitos estudantes de colégios federais com perfil elitizado.
A universidade, porém, já começou a estudar como se saíram os que ingressaram a partir de 2004, quando passou a ser adotado o corte de renda.
No curso de odontologia -um dos mais concorridos- da turma de 29 alunos que ingressaram em 2004, 14 eram cotistas e 15 não.

Números atuais
Os dados de 2007 indicam que, dos 14 cotistas, 11 devem conseguir se formar sem atraso com um CR médio de, até agora, 6,7. No caso dos não-cotistas, a expectativa é que menos alunos (oito dos 15) consigam se formar sem atraso, mas com CR maior (8,0).
Na avaliação do sub-reitor de graduação da Uerj, José Ricardo Arruda, as políticas de distribuição de bolsas para alunos com dificuldades financeiras e de reforço acadêmico nos anos iniciais foram fundamentais para fazer com que não houvesse discrepância, ao final do curso, entre alunos cotistas e os que não entraram pelo sistema.
Ele disse, também, não ter percebido tensionamento das relações raciais.


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