|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Desempenho na Uerj deve ser quase o mesmo
DA SUCURSAL DO RIO
A reitoria da Uerj informou
que vai divulgar, até o fim de
ano, um estudo mais aprofundado sobre o desempenho da
primeira geração de alunos beneficiados pelo sistema de cotas no vestibular de 2003.
Dados preliminares desse estudo obtidos pela Folha na
sub-reitoria de graduação da
instituição mostram que a conclusão deve seguir a mesma linha da análise feita pela Educafro: não houve, ao final do curso, diferença significativa no
desempenho dos alunos.
Resultado
Maria Alice Birbeire, estatística que está fazendo esse estudo, explica que o resultado já
era esperado em parte.
Os alunos que ingressaram
pela primeira lei de cotas não
precisavam naquele momento
comprovar renda familiar per
capita inferior a R$ 630, norma
em vigor hoje.
Com isso, entraram muitos
estudantes de colégios federais
com perfil elitizado.
A universidade, porém, já começou a estudar como se saíram os que ingressaram a partir
de 2004, quando passou a ser
adotado o corte de renda.
No curso de odontologia
-um dos mais concorridos-
da turma de 29 alunos que ingressaram em 2004, 14 eram
cotistas e 15 não.
Números atuais
Os dados de 2007 indicam
que, dos 14 cotistas, 11 devem
conseguir se formar sem atraso
com um CR médio de, até agora, 6,7. No caso dos não-cotistas, a expectativa é que menos
alunos (oito dos 15) consigam
se formar sem atraso, mas com
CR maior (8,0).
Na avaliação do sub-reitor de
graduação da Uerj, José Ricardo Arruda, as políticas de distribuição de bolsas para alunos
com dificuldades financeiras e
de reforço acadêmico nos anos
iniciais foram fundamentais
para fazer com que não houvesse discrepância, ao final do curso, entre alunos cotistas e os
que não entraram pelo sistema.
Ele disse, também, não ter
percebido tensionamento das
relações raciais.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Mortes Índice
|