São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2011

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PMs da Rota são presos por morte de jovem em Osasco

Corregedoria da polícia investiga se representante comercial resistiu e trocou tiros com quatro policiais

Testemunhas disseram à polícia que jovem não atirou; moradores do bairro fizeram protestos após o crime

ANDRÉ CARAMANTE
ELTON BEZERRA

DE SÃO PAULO

Os quatro policiais militares da Rota envolvidos na morte do representante comercial Paulo Alberto Santana Oliveira de Jesus, 26, em Osasco (Grande São Paulo), foram presos ontem.
A Corregedoria da PM decidiu prendê-los administrativamente (por cinco dias) para investigar se Paulo atirou primeiro nos PMs, que revidaram. Os policiais dizem que ele foi morto em um tiroteio, na última terça-feira.
Duas testemunhas ouvidas pela Polícia Civil negaram o tiroteio. Ele não tinha passagens pela polícia, era casado e tinha uma filha de 6 anos. Francisco Oliveira de Jesus, 52, diz que o filho foi baleado após ser rendido. Ele afirma que Paulo estava ajoelhado quando foi baleado.
Já os PMs dizem ter recebido uma informação anônima de que Paulo guardava armas usadas em um roubo de carga, que aconteceu no dia 11, e invadiram a casa dele.
Ainda segundo os PMs, Paulo resistiu à prisão ao atirar contra eles, que o acertaram quatro vezes no peito, no corredor de sua residência.
Na noite de anteontem, um ônibus foi queimado no Jardim Elvira, bairro onde ele vivia. Um suspeito foi detido pelo incêndio. Horas antes, cerca de 300 moradores protestaram pelo que afirmam ser a "morte de um inocente" queimando pneus e interditando ruas do bairro.
"Ele sempre falou bem da Rota, mas foi vítima dela", disse o tio de Paulo, Ricardo Santana, 40.
O Comando-Geral da PM informou que o caso é investigado, mas se negou a informar os nomes dos PMs.


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