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1º caso teve condenação
da Sucursal de Brasília
Uma cirurgia para mudança de
sexo em São Paulo provocou polêmica na década de 70: o cirurgião plástico Roberto Farina chegou a ser condenado a dois anos
de prisão por lesão corporal gravíssima e foi depois absolvido.
Em dezembro de 1971, Farina
fez a cirurgia no transexual Waldir Nogueira, no hospital Oswaldo Cruz, de São Paulo. O Ministério Público o acusou de provocar a mutilação no paciente.
Com base nesses argumentos,
o médico foi condenado à prisão
em primeira instância em setembro de 1978. O seu procedimento
também foi reprovado, no aspecto ético, pelo Conselho Regional de Medicina.
Farina foi absolvido um ano
depois pelo Tribunal de Alçada
Criminal. "Não age dolosamente o médico que, por uma cirurgia, procura curar o paciente ou
reduzir o seu sofrimento físico
ou mental", afirma o acórdão.
Na decisão, também foi levado
em conta o fato de a cirurgia já
ser, naquela época, "de certa
forma comum nos Estados Unidos e Europa nas hipóteses de
transexualismo puro, vale dizer,
bem diagnosticado".
O presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministro Celso de Mello, disse que as exigências impostas recentemente pelo
CFM (Conselho Federal de Medicina) para a realização da cirurgia foram aparentemente seguidas por Farina, há 26 anos.
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