DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das iniciativas para diversificar o acervo e fazer mudanças em algumas unidades, a rede de bibliotecas públicas paulistanas ainda não encontrou solução para a grave falta de funcionários, problema que afeta a qualidade de atendimento aos usuários.
Em alguns cargos, como o de bibliotecário, o déficit chega a 61%. A Prefeitura de São Paulo deveria ter 390 bibliotecários, mas possui somente 150 em seus quadros, segundo um levantamento da Secretaria Municipal da Cultura.
O problema também ocorre com os assistentes de gestão de políticas públicas -funcionários com ensino médio concluído e que deveriam trabalhar como auxiliares de pesquisa- cargo no qual a defasagem é de 66%.
A maioria do quadro funcional das bibliotecas é formada por agentes de apoio, empregados que possuem apenas o ensino fundamental e deveriam exercer atividades operacionais, como porteiros ou vigilantes. No entanto, na falta de profissionais adequados, esses agentes acabam orientando pesquisas em várias unidades da capital.
Maria Zenita Monteiro, da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas, diz que foi solicitado concurso público para preencher 240 vagas de bibliotecários, 281 de assistentes de gestão de políticas públicas e 122 de agentes de apoio.
No entanto, a Secretaria Municipal de Gestão -que responde pelas contratações- afirma que não há previsão de concurso público para nenhum dos cargos.


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