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Gestão Gilberto Kassab adia "solução do lixo"
Ideia de unificar varrição de rua e limpeza dos bueiros fica para depois
Prefeitura renovou atuais contratos de varrição por mais
um ano; comissão vai analisar nova licitação
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Apresentada como solução para parte dos problemas de sujeira de São Paulo,
a ideia de fazer com que a
mesma empresa que varre as
ruas também limpe os bueiros foi adiada mais uma vez.
O projeto foi anunciado
em outubro do ano passado
como resposta da gestão Gilberto Kassab (DEM) à sujeira
na cidade, apontada na época como um dos agravantes
de enchentes. Até hoje não
passou de uma ideia.
Nesta semana, a prefeitura
publicou no "Diário Oficial"
da Cidade a renovação dos
contratos com as empresas
de varrição por mais um ano.
Ou seja, tudo fica como está,
ao menos por enquanto.
Também foi publicada a
criação de uma comissão para cuidar da licitação do novo
modelo de limpeza urbana,
mas ainda não há prazo para
a concorrência ser aberta.
Quando a licitação for concluída, os contratos de varrição poderão ser rompidos
pela prefeitura sem pagamento de multa.
Os efeitos do novo modelo
de limpeza urbana, que será
implantado após a nova licitação, só poderão ser sentidos a partir do fim do próximo ano, com a chegada das
chuvas de verão.
UNIFICAÇÃO
A ideia de unificar parte
dos serviços de limpeza foi
da equipe do então secretário
de Serviços Alexandre de
Moraes, demitido por Kassab
em junho deste ano. Com a
demissão, todos os projetos
de Moraes, que acumulava a
pasta dos Transportes, foram
suspensos e reavaliados pelos novos secretários.
Com a unificação dos serviços, dizia Moraes (com a
concordância de Kassab), a
cidade ficaria mais limpa
porque as empresas teriam
metas a cumprir, inclusive de
qualidade.
Um dos itens estudados
era a contratação de pesquisas de opinião para que a população local avaliasse a
qualidade do serviço. As empresas teriam desconto de
sua remuneração se tivessem
avaliação baixa.
Além disso, não haveria
risco do varredor jogar a sujeira para dentro dos bueiros
porque ele mesmo -ou sua
empresa- teria de limpar,
argumentava a prefeitura.
A ideia de unificar os serviços está mantida, mas há detalhes a serem definidos. Por
exemplo, em quantas áreas a
cidade será dividida? Hoje
são cinco regiões. A proposta
inicial era passar para duas
áreas, "espelhando" com os
mesmos setores da coleta de
lixo domiciliar.
Os contratos, de R$ 356 milhões para este ano, foram
corrigidos em 6,473%. Em
2009, não houve reajuste.
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