São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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Galpão atrai paulistano cansado de 'apertamento'

Moradores buscam espaço amplo e possibilidade de unir casa e trabalho

Mudança para edifícios industriais, em áreas como Barra Funda e Cambuci, exige obras como troca de fiação

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Ela não mora em casa nem em prédio. O lar doce lar de Sheila Oliveira, 43, é um antigo galpão no Cambuci, região central de São Paulo.
"Agora eu desço a escada e estou no trabalho", diz a fotógrafa. Há três anos, ela se mudou de um apartamento de 50 m˛ perto do aeroporto de Congonhas, zona sul, para os 500 m˛ do lar atual.
Seu estúdio já funcionava lá. A casa, onde ela vive com o marido e o filho, está no segundo andar. Em busca de unir moradia e trabalho e ter mais espaço, alguns paulistanos trocaram seus apartamentos por edifícios industriais. O designer de móveis Paulo Alves saiu do apartamento de 42 m˛, na Bela Vista (região central) e montou sua casa no galpão onde ficavam sua marcenaria e showroom, também no Cambuci.
O local, que já foi uma gráfica, virou um oásis na movimentada rua Lavapés. "Tenho um quintal bem grande, com frutas, tartaruga. Eu queria proporcionar isso para os meus filhos."

REFORMAS
A amplitude tem seus prós e contras. A fotógrafa Sheila diz que mantém a "casa" limpa cuidando de um canto por vez. O espaço é grande demais para um dia de faxina.
Devido à altura do ambiente, de mais de quatro metros, algumas áreas foram separadas por divisórias, mais baixas do que o teto. "A gente colocou o quarto do meu filho do outro lado do galpão, longe do nosso, e conseguiu um pouco de privacidade", diz Sheila. O irmão dela, Bruno Carvalho, 32, alugou um galpão em frente, por R$ 3.000.
Na antiga fábrica de luminosos, de 600 m˛, "dá para fazer umas festinhas" e se divertir com amigos, diz Bruno. Há nove anos, a professora de arquitetura Maria Luíza Corrêa, 64, comprou um galpão na Barra Funda. O gasto com a reforma no imóvel construído em 1920 foi de R$ 300 mil. "Tive que trocar toda a fiação", conta.

Veja fotos dos galpões
folha.com/fg5195



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