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Manobra orçamentária vira embate
DA REPORTAGEM LOCAL
Começa hoje o primeiro embate do prefeito eleito de São Paulo,
José Serra (PSDB), na Câmara
Municipal. O relatório da Comissão de Finanças, que será votado
hoje, vai propor uma margem de
remanejamento de 5% para o Orçamento do ano que vem, o que
diminui a autonomia do Executivo em relação ao Legislativo.
A margem de remanejamento é
o percentual de dinheiro do Orçamento que o prefeito pode mudar
de um local para o outro sem ter
de pedir autorização à Câmara
Municipal. Se quiser, por exemplo, tirar verba originalmente prevista para a manutenção de ruas e
colocar na iluminação pública,
precisa remanejar esse dinheiro.
R$ 2 bi x R$ 760 mi
Atualmente, a margem é de
15%, de um Orçamento de R$ 13,5
bilhões, o que significa que Marta
Suplicy (PT) pôde movimentar,
sem consultar a Câmara, mais de
R$ 2 bilhões. Se os 5% propostos
agora forem mantidos até o fim,
Serra terá R$ 760 milhões para
usar livremente.
Os tucanos, que sempre defenderam uma margem menor para
Marta, agora querem manter os
15%. Argumentam que, como é o
primeiro ano de Serra, precisará
de mais liberdade orçamentária.
Já os petistas, antes partidários
dos 15%, devem apoiar o percentual de 5%, para expor o que consideram mais uma contradição
do PSDB.
Depois de ser votado na Comissão de Finanças, o Orçamento
ainda tem de passar por duas votações em plenário. A primeira
deve ocorrer nos próximos dias, e
a segunda, que encerra o ano na
Câmara paulistana, até o dia 20 de
dezembro.
(PDL)
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