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Construção de aquário no CE por R$ 250 mi gera protestos
Estudantes e ONGs criticam o valor de projeto do governo estadual
Construção do aquário em Fortaleza começa
a ser feita ainda neste ano, afirma secretário estadual de Turismo
LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO
A intenção de construir o maior aquário da América Latina, por R$ 250 milhões, já gera polêmica para o governo do Ceará.
A obra será iniciada até o final do ano- segundo o secretário de Turismo, Bismarck Maia- , com tanques com capacidade para 15 milhões de litros de água.
Na campanha eleitoral, o governador reeleito Cid Gomes (PSB) foi criticado por investir em uma atração turística num Estado pobre.
No Rio, um projeto semelhante custará R$ 110 milhões à iniciativa privada.
Os R$ 250 milhões que o governo cearense pretende investir ultrapassam em R$ 25 milhões, por exemplo, os custos por km das obras e dos trilhos (sem incluir sistemas e trens) da linha 4-amarela do Metrô, em São Paulo.
Organizações sociais e estudantes da Uece (Universidade Estadual do Ceará) criticam a ideia. "Em um Estado em que uma parcela significativa da população tem direitos básicos negados, o governo não pode se dar ao luxo de pegar um valor alto e aplicar em uma única obra", diz Clézio Freitas, da ONG Cedeca, que defende os direitos da criança e do adolescente.
O secretário diz que o Estado tem vocação turística e por isso investirá na atração.
"O aquário vai inserir internacionalmente o Ceará. Em algum momento, Paris também parou para construir sua Torre Eiffel."
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