São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fundação quer federalizar caso

DA REPORTAGEM LOCAL

A Operação Castelinho é um dos dois casos que a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos de São Paulo levou ontem a Cláudio Fonteles, procurador-geral da República, para serem considerados crime federal.
A intenção da fundação, presidida por Hélio Bicudo (PT), vice-prefeito paulistano, é que a morte dos supostos membros do PCC, em 2002, e os assassinatos de sete moradores de rua em São Paulo, neste ano, sejam os primeiros crimes a serem federalizados.
Uma emenda constitucional da reforma do Judiciário prevê que julgamentos de acusados de grave violação de direitos humanos poderão ser transferidos da Justiça comum para a Justiça Federal, para garantir maior isenção.
Nos dois casos, a fundação afirma que há morosidade e dificuldade em conseguir dados sobre as investigações. Fonteles prometeu ontem analisar os pedidos.
Em dezembro de 2003, o Ministério Público denunciou por homicídio qualificado 53 PMs e dois presos colaboradores do Gradi. Só que até agora eles sequer foram interrogados na Justiça.
Os interrogatórios dos PMs estavam marcados para agosto e setembro deste ano em São Paulo -a maioria reside na capital. Mas foram cancelados por causa da greve no Judiciário.
Os únicos ouvidos no processo foram os presos Marcos Massari e Gilmar Leite, colaborados do Gradi, segundo a promotora Vania Maria Tuglio. Eles negaram suposta cilada, depoimento que também beneficiou os PMs. Em agosto deste ano, eles fugiram de uma penitenciária em Itaí (interior) em circunstâncias surpreendentes. Com duas armas, eles saíram pela porta da frente, onde eram esperados por uma moto.


Texto Anterior: Outro lado: Governo afirma não ter recebido pedido de órgão
Próximo Texto: Panorâmica - Rio: Quadrilha usa granadas e pistolas para levar R$ 2 mil de hotel em Copacabana
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.