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Fundação quer federalizar caso
DA REPORTAGEM LOCAL
A Operação Castelinho é um
dos dois casos que a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos de São Paulo levou
ontem a Cláudio Fonteles, procurador-geral da República, para serem considerados crime federal.
A intenção da fundação, presidida por Hélio Bicudo (PT), vice-prefeito paulistano, é que a morte
dos supostos membros do PCC,
em 2002, e os assassinatos de sete
moradores de rua em São Paulo,
neste ano, sejam os primeiros crimes a serem federalizados.
Uma emenda constitucional da
reforma do Judiciário prevê que
julgamentos de acusados de grave
violação de direitos humanos poderão ser transferidos da Justiça
comum para a Justiça Federal, para garantir maior isenção.
Nos dois casos, a fundação afirma que há morosidade e dificuldade em conseguir dados sobre as
investigações. Fonteles prometeu
ontem analisar os pedidos.
Em dezembro de 2003, o Ministério Público denunciou por homicídio qualificado 53 PMs e dois
presos colaboradores do Gradi.
Só que até agora eles sequer foram interrogados na Justiça.
Os interrogatórios dos PMs estavam marcados para agosto e setembro deste ano em São Paulo
-a maioria reside na capital. Mas
foram cancelados por causa da
greve no Judiciário.
Os únicos ouvidos no processo
foram os presos Marcos Massari e
Gilmar Leite, colaborados do
Gradi, segundo a promotora Vania Maria Tuglio. Eles negaram
suposta cilada, depoimento que
também beneficiou os PMs. Em
agosto deste ano, eles fugiram de
uma penitenciária em Itaí (interior) em circunstâncias surpreendentes. Com duas armas, eles saíram pela porta da frente, onde
eram esperados por uma moto.
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